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A casa do povo. É dessa forma como as câmaras (municipais ou a federal) costumam ser consideradas. Se a premissa é verdadeira, o que justifica isolar o povo dos detentores de mandato (os vereadores)? Essa é a rotina da Câmara de Praia Grande desde o fim do ano.
Uma placa de vidro foi colocada no plenário, isolando os 15 vereadores de quem está nas galerias acompanhando as sessões. Para “isolar” os parlamentares, o Legislativo gastou R$ 47 mil, em agosto do ano passado, mas o equipamento só foi instalado em outubro. O fornecedor foi a Vidraçaria 2 A.
A instalação do painel de vidro pegou de surpresa até alguns vereadores. Nem todos tinham sido avisados. A Câmara praia-grandense chegou a registrar algumas sessões em que os munícipes fizeram cobranças mais efetivas a alguns parlamentares. Houve até quem ofendesse um ou outro vereador.
A placa de vidro transparente inibe o arremeço de objetos no plenário. A título de comparação, em dezembro do ano passado, os vereadores santistas tiveram de enfrentar chuva de cuspe, milho e moeda, durante a votação de um projeto do Executivo para permitir a realização de convênios com as Organizações Sociais (OSs).
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O Plenário Oswaldo De Rosis, onde as sessões são realizadas, não conta com qualquer equipamento separando vereadores e os munícipes.
Em outra câmara da Baixada Santista, a de Guarujá, a reforma feita em 2012 resultou, entre outras mudanças, a instalação de uma placa de vidro.
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O Diário do Litoral tentou falar ontem com o presidente da Câmara de Praia Grande, Serginho Sim (PSB), mas não obteve retorno das ligações.