Cotidiano
Projeto determina o cumprimento de regras como a contribuição para o silêncio, a proibição de alimentos “incompatíveis ao ambiente” e entrada com o telefone celular ligado
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Não basta querer proibir as ‘selfies’ no banheiro. Os desejos dos vereadores santistas em tentar moldar o comportamento dos santistas são mais abrangentes. Uma ideia apresentada ontem na Câmara pretende estabelecer “normas de comportamento” aos frequentadores dos cinemas.
O projeto de lei complementar é do vereador em primeiro mandato, Igor Martins de Melo, o Professor Igor (PSB). E determina o cumprimento de regras como a contribuição para o silêncio no interior das salas (proibindo o barulho), a proibição de entrar com alimentos “incompatíveis ao ambiente” (somente sendo admitidos os semelhantes aos comercializados no cinema), além da proibição da entrada com o telefone celular ligado (a matéria não diz se o aparelho pode estar no modo silencioso).
Além disso, uma vez sentado na poltrona, o fã da sétima arte não poderá manter os pés longe das poltronas (o projeto não especifica se os pés têm de ficar “colados” à poltrona) nem filmar ou fotografar sem prévia autorização. Também passa a ser obrigatório o encaminhamento de embalagens utilizadas às lixeiras.
O Artigo 2º da lei não deixa dúvidas. Quem não observar as normas acima “será convidado a se retirar da sala de cinema”. Caso se negue, será “requisitado auxílio da autoridade competente”.
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O Professor Igor sabe que o projeto vai receber parecer contrário da Comissão Permanente de Justiça, Redação e Legislação Participativa, mas, mesmo assim, vai lutar pela aprovação do projeto e posterior sanção do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
Ele afirmou que tomou a iniciativa de apresentar a matéria após conversar com um empresário do setor, que relatou queixas relativas ao comportamento inadequado de frequentadores. Questionado se a proibição de entrar com outros alimentos não propiciaria ao estabelecimento criar uma “venda casada” por comercializar doces e pipocas – o que não é permitido pelo Código de Defesa do Consumidor -, o Professor Igor disse que essa discussão estava superada.
Eis um trecho da justificativa apresentada no projeto: “Ir ao cinema representa um momento importante para descontrair passando horas agradáveis. Às vezes, esse lazer é interrompido com o mau comportamento de outras pessoas. Por isso, existem algumas regras básicas que, se respeitadas, podem evitar incômodos e conflitos”.
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‘Selfie’
O projeto proibindo ‘selfie’ em banheiros, de autoria do vereador José Lascane (PSDB) não saiu bem na foto: recebeu parecer contrário da Comissão de Justiça, Redação e Legislação Participativa. E ainda não foi para votação em plenário. Assim como o projeto do Professor Igor, as duas matérias não devem ser contempladas com um final feliz.
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