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A contratação do diretor-presidente do Hospital Santo Amaro (HSA) Urbano Bahamonde como assessor do vereador Hugo Duppre, publicada com exclusividade pelo DL em julho, ganha um novo capítulo. O promotor Carlos Moraes Barbosa, da 12ª Promotoria de Justiça de Santos, abriu procedimento preparatório para abertura de inquérito civil contra o parlamentar e o dirigente do hospital.
O caso, denunciado anonimamente após a nomeação do assessor ter sido publicada no Diário Oficial de Santos, ganhou ampla repercussão. Bahamonde estava lotado na Câmara de Santos desde o início do ano, mas a Reportagem apurou que ninguém o conhecia no gabinete. Na ocasião, foi confirmado que no HSA, Bahamonde trabalhava segunda, quarta e sexta-feira no período da tarde e, terças e quintas-feiras, em período integral. Na Câmara, são oito horas diárias de trabalho com duas de almoço, portanto, jornadas incompatíveis.
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Duppre garantia, na época, que como se tratava de cargo em comissão, Bahamonde poderia ser desligado caso o gabinete entendesse que sua produtividade ou o fato de acumular a função de direção no HSA pudesse comprometer o trabalho parlamentar.
Por seu lado, Bahamonde havia declarado à imprensa que sua atuação no hospital seria política; que seriam os diretores, e não ele, que tocavam a unidade; que não recebia salário e que, por não ter vínculo empregatício, seria dispensado de cumprir expediente. Oito dias após a denúncia, Bahamonde pediu exoneração do cargo na Câmara.
Também na ocasião das denúncias, em nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa, o presidente da Câmara, Sadao Nakai (do partido de Duppre), minimizou o imbróglio enfatizando que o controle da frequência dos assessores era competência dos vereadores.
A Prefeitura de Guarujá, também pela assessoria, informou que o presidente do HSA atuava voluntariamente, não tendo obrigatoriedade de cumprir horário de expediente comercial, diferentemente dos funcionários e diretores da instituição. A Associação Santamarense de Beneficência, responsável pelo hospital, não se manifestou sobre a questão.
Duppre e Bahamonde
O DL voltou a contatar Duppre e Bahamonde, para que ambos se manifestassem sobre a possível abertura de inquérito civil. A assessoria de Duppre informou que inexistindo denúncia formal por parte do Ministério Público, não há mais nada o que se comentar até o presente momento e que o vereador sempre esteve à disposição para colaborar com a Justiça.
Por telefone, Bahamonde, disse que foi notificado e que enviou ao MP todos os documentos e informações sobre a situação, que ele considera como uma acusação infundada. “Não houve infração alguma. Acredito que tudo será arquivado”.
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