Cotidiano

Vereador faz vistoria em PS da Zona Noroeste

Coordenador do movimento Médicos Já, Silmar Gomes da Silva, diz que faltam médicos.Vereador aponta infraestrutura precária e risco de contaminação até para funcionários

Publicado em 17/04/2014 às 10:48

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O vereador Evaldo Stanislau (PT), que preside a Comissão Permanente de Saúde da Câmara de Santos, fez uma vistoria no pronto-socorro do Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, na manhã de ontem, para verificar as condições da unidade, e concluiu que o local continua com infraestrutura precária. 

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“O prédio continua ruim, equipamentos faltando. A gente percebe que houve uma certa maquiagem. Na sala de medicação, por exemplo, onde as pessoas são medicadas, tem mobiliário rasgado, desorganização, risco biológico para o funcionário e para o próprio paciente”, declarou o vereador, ao sair do pronto-socorro.

“Os funcionários reclamam que não têm lugar para guardar pertences pessoais, eles são obrigados a levar os pertences para o ambiente de trabalho, que é uma irregularidade sanitária. O que deu para perceber é que está completamente desestruturado tanto do ponto de vista físico porque tem umidade, infiltração, precariedade elétrica, e do ponto de vista funcional. Por exemplo, tem apenas uma comadre (bacia de coleta de necessidades fisiológicas) para toda uma enfermaria de repouso”, observou Stanislau.

O vereador lembrou que essa não é a primeira vistoria que faz em uma unidade de Saúde.  Evaldo afirmou que, no início do ano passado, encaminhou à Secretaria de Estado da Saúde as irregularidades encontradas nos prontos-socorros. “Eles (secretaria) fizeram, em fevereiro de 2013, uma auditoria em todos os pronto-socorros, e constataram um rol de irregularidades e infrações sanitárias, a começar que nenhum dos próprios municipais tem AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). O hospital não tem a licença sanitária de funcionamento”.

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 Moradores reclamam das condições (Foto: Matheus Tagé/DL)

O parlamentar questiona ainda o Programa de Reformas e Obras Novas, o Pró-Saúde. “Agora, um ano e quatro meses depois, o prefeito anuncia um plano chamado Pró-Saúde, com R$ 2,9 milhões. Entretanto, quando pedimos em requerimento o detalhamento das obras, planejamento, cronograma e financiamento, nada disso foi encaminhado, me parece que as obras são feitas em caráter emergencial, pontual”.

Representante de moradores da Zona Noroeste, o coordenador do Movimento Médicos Já, Silmar Gomes da Silva, afirmou: “Estamos pedindo dois clínicos gerais, um pediatra, um ortopedista e um psiquiatra no plantão do dia e da noite. Tem dias que tem e dias que não”.

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Secretaria responde

Procurada, a Secretaria de Saúde de Santos enviou nota pela assessoria de imprensa. “A Prefeitura vai investir R$ 2,9 milhões na recuperação de 12 unidades de saúde, entre elas a do Complexo Hospitalar da Zona Noroeste. O objetivo do programa de obras, o Pró-Saúde, é dotar a rede municipal de infraestrutura física adequada para atender os pacientes, oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários e, paralelamente, buscar soluções para a melhoria da qualidade do serviço oferecido à população. A intervenção no complexo da Zona Noroeste, que inclui a Maternidade dr. Silvério Fontes e o Hospital Arthur Domingues Pinto, contará com investimento de R$ 1,286 milhão, e tem estimativa de ser entregue em dezembro. A licitação já foi assinada e as obras têm início na próxima terça-feira”.

Ainda segundo a nota: “Vamos começar pelas etapas maiores, trabalhando diretamente na estrutura dos prédios. Em seguida, vamos para áreas onde há atendimento. Faremos por etapa, para que os pacientes não tenham interrupção no atendimento”.

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