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A menos de dois dias da cerimônia de juramento à Constituição pelo presidente eleito, Nicolás Maduro, o governo venezuelano enfrenta resistência da oposição em reconhecer o resultado das eleições de domingo.
Apesar de o candidato derrotado Henrique Capriles ter cancelado a marcha nacional para pedir a recontagem dos votos, prevista para hoje (17), nas últimas horas foram registradas manifestações várias regiões do país.
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Nos meios de comunicação estatais e nas redes sociais, representantes do governo pedem apoio ao presidente eleito, enquanto a oposição mantêm a exigência de recontagem de votos.
Hoje de manhã, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, endureceu o tom das declarações contra a oposição. "O fascismo não pode com os filhos de Bolívar e de Chávez e agora quer se vitimizar", disse referindo-se às ultimas declarações de Henrique Capriles, quando alertou a seus eleitores para que "não caiam na conversa violenta do governo".
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A situação de Capriles permanece indefinida. Ainda não se sabe quais serão os próximos passos da oposição. Ele deve retomar o cargo de governador do estado de Miranda, e pode ser destituído caso não se apresente.
Setores radicais do governo trabalham com a ideia de pedir ao Judiciário que ele seja preso. Eles responsabilizam a Capriles pela conflitos de rua da segunda-feira que deixaram oito mortos e 70 feridos.
Na noite dessa terça-feira, Capriles dava entrevista, quando Nicolás Maduro ocupou cadeia nacional de emissoras estatais pedindo apoio. "Chamo ao povo revolucionário patriota à união. Chamo todo o país para isolar os golpistas", declarou Maduro.
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