Cotidiano
Milhares de policiais das forças antimotim e agentes da Guarda Nacional tentaram dispersar os manifestantes com gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de atordoamento
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Um protesto na Universidad Central da Venezuela terminou com um policial e pelo menos um aluno feridos. Estudantes tentaram marchar a partir da universidade nesta quinta-feira para protestar contra "o desemprego crescente e a crise econômica". Mas milhares de policiais das forças antimotim e agentes da Guarda Nacional tentaram dispersar os manifestantes com gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de atordoamento. Os alunos responderam com pedras e foguetes, um dos quais atingiu um policial. A batalha, que se estendeu por horas, terminou com membros de milícias pró-governo invadindo o campus.
O líder estudantil Juan Requesens afirmou que pelo menos três manifestantes teriam sido hospitalizados. Os milicianos impediram fotógrafos de fazer imagens de um estudante de jornalismo que estava deitado no chão, aparentemente gravemente ferido. Os alunos conseguiram capturar dois manifestantes pró-governo e tiraram suas roupas. Os protestos no país já provocaram pelo menos 35 mortes.
Os manifestantes haviam se concentrado na praça da reitoria da universidade para sair ao meio-dia (horário local) e seguir até a frente da sede da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), que funciona também como sede da vice-presidência da área econômica encabeçada pelo ministro do Petróleo, Rafael Ramírez.
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Desde cedo, centenas de membros da polícia venezuelana e da Guarda Nacional estavam nos arredores da universidade para impedir a realização da marcha. As autoridades haviam negado a permissão para marchar aos estudantes, alegando que em fevereiro a oposição realizou um protesto similar na capital venezuelana com incidentes violentos, que deixaram três mortos, dezenas de feridos e instalações públicas depredadas.