Continua depois da publicidade
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estendeu nesta quarta (23) o estado de exceção para todas as cidades do Estado de Amazonas, no sul do país, que fazem fronteira com a Colômbia.
Com a medida, Caracas amplia o controle militar para toda a fronteira do país com a Colômbia. O Amazonas é um dos Estados menos populosos do país e o fechamento da fronteira é considerado um movimento simbólico.
A decisão foi tomada poucos dias depois da promessa de normalização progressiva das relações bilaterais entre Venezuela e Colômbia, após um encontro dos dois presidentes em Quito, no Equador, sob a mediação dos presidentes equatoriano, Eduardo Correa, e uruguaio, Tabaré Vásquez.
Desde há cerca de um mês, Caracas fechou postos de fronteira e deportou cerca de 1.400 colombianos sob o pretexto de uma guerra ao contrabando que ocorre na região.
A oposição ao governo e outros críticos estrangeiros acusam o mandatário de usar as crises diplomáticas para poder ganhar as eleições parlamentares de dezembro.
Chanceleres
Também nesta quarta (23), as chanceleres da Venezuela, Delcy Rodríguez, e da Colômbia, María Ángela Holguín, realizaram a primeira de uma série de reuniões que visa normalizar a situação -uma das poucas decisões concretas acordadas no Equador.
A delegação de ambos os países inclui os ministros da Defesa, entre outros. As conversas haviam sido acordadas no encontro entre os presidentes de ambos os países em Quito, na segunda-feira.
Na terça, uma outra tensão fronteiriça do país, com a Guiana, no leste do país, foi reavivada quando a Venezuela enviou tropas à região. O país reivindica a região de Essequibo, onde a Exxon Mobil afirmou ter descoberto petróleo.