Continua depois da publicidade
Uma pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) no mês de julho aponta que os lojistas esperam um crescimento modesto de 1,25% nas vendas para o Dia dos Pais, sem descontar a inflação do período. Com a queda das compras em datas como Dia das Mães e dos namorados, resultado da crise enfrentada pelo país, os comerciantes têm a expectativa de manter números inferiores a 2014, que foi de 4%.
O momento de tensão econômica, criado por demissões somadas ao aumento de contas básicas, como luz, água e combustíveis, conserva a cautela e o refrear de consumidores em gerar novas dívidas e evitar a inadimplência. Do outro lado, o foco do comércio está em adequar estratégias de marketing e inovação para fidelizar clientes antigos e conquistar novos. A queda nas vendas força o varejo a antecipar as liquidações, que influenciam o faturamento das lojas, mas possibilitam aos consumidores comprar mais e gastar menos.
“A tendência é que o segundo semestre seja mais positivo para o varejo, pois, além do Dia dos Pais, temos ainda Dia das Crianças e o período de festas de fim de ano que sempre movimentam o comércio. De qualquer forma não podemos ignorar toda a adaptação que os pequenos empresários estão sofrendo”, afirma o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.
Segundo a entidade, os produtos de menor custo continuam como carro-chefe das vendas. Para os lojistas, vestuários, calçados, acessórios e eletrônicos como smartphones e tablets são os produtos que devem sair das prateleiras na data. O ticket médio de compras deve permanecer entre os R$60,00 e R$100,00 e o lazer e a alimentação também são considerados como possíveis alternativas.
Continua depois da publicidade
Em relação às vagas temporárias, a pesquisa demonstra que a expectativa surge com ressalvas, pois embora os consumidores não costumem deixar passar a data em branco, a tendência dos varejistas é manter os custos reduzidos. “As oportunidades podem aquecer a partir do início de outubro, quando os estoques são renovados e as vendas para o Natal começam a acontecer”, acredita Stainoff.
Interior e litoral
Continua depois da publicidade
Em Praia Grande, a retração do período ainda não foi sentida intensamente. A cidade passou por um boom populacional em 2014, o que gerou crescimento no varejo. Para 2015, os lojistas acreditam em crescimento de 5%; positivo, porém menor. “A região ainda não sentiu o alto índice de desemprego, porém, até a data isso ficará mais evidente. Acreditamos que apesar do momento favorável, o empreendedorismo requer uma maior reflexão e planejamento”, comenta o presidente da CDL de Praia Grande, Antonio Luiz de Souza.
Já na região de Barretos e São José do Rio Preto, o aquecimento é alimentado pela Festa do Peão, que também acontece no mês de agosto. Ainda assim, o olhar é de moderação e de busca por novas ferramentas que atraiam o consumidor. “Com a concorrência cada vez maior do e-commerce, os lojistas locais têm investido nas redes sociais como um fator de minimização e o crediário próprio como diferencial. Assim como no 1º semestre, a meta é não ‘andar para trás’”, completa o diretor da CDL Barretos, André Luís Peroni Angelo.
Continua depois da publicidade