Cotidiano

Vendas para o Dia das Crianças serão estáveis

Comércio busca manter as vendas de 2014; Associação Comercial de São Paulo espera aumento de 5%

Publicado em 01/10/2015 às 11:22

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Clientes comedidos, instabilidade político-econômica e aumento do desemprego resultarão em vendas estáveis no Dia das Crianças. É o que indica a pesquisa realizada pela Federação de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) em parceira com as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs). De acordo com os dados, a média da expectativa de crescimento de vendas no Estado chegará a 1%, conservando os números gerados em 2014.

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Os segmentos de brinquedos e confecções protagonizam as maiores procuras da data, seguidos por eletrônicos, como tablets e celulares, e alimentícios, com ticket médio de R$ 60 a R$ 100. Porém, apesar de modesta, a comemoração não passará em branco pelo consumidor, o que aumenta a perspectiva dos lojistas em conseguir manter os níveis de vendas, apesar do cenário.

“Não acredito haver chance de crescimento. A incerteza e a insegurança do consumidor estão em alta, o que lhe faz não querer dívidas. Manter as vendas do ano passado será um grande feito, uma vitória para o setor”, afirma o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff. Ainda de acordo com o estudo, a chance de contratação de vagas temporárias para a data é mínima, já que o foco dos lojistas está na manutenção do quadro atual de funcionários.

Chance de contratação de vagas temporárias é mínima, já que o foco é a manutenção do quadro atual (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Comércio paulistano

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) prevê queda de aproximadamente 5% nas vendas do comércio paulistano neste Dia das Crianças em comparação com o ano passado.

Segundo a entidade, fatores macroeconômicos - como a redução da massa salarial e a queda real do crédito a pessoas físicas - empurram os números para baixo.

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“Esta avaliação é baseada nos últimos indicadores macroeconômicos. Portanto, resta ao comércio atuar em cima dos fatores microeconômicos, ou seja, focar bastante em promoções e publicidade, esforçando-se para tentar driblar as restrições orçamentárias das famílias”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).

Ainda segundo a ACSP, o dólar alto - em torno de 60% acima do que em outubro de 2014 - certamente afetará o mix de produtos disponíveis nas lojas, já que a cotação atual desfavorece os itens importados e favorece os nacionais, sobretudo roupas e brinquedos.

Como o Dia das Crianças é a última data comercial antes do Natal, trata-se de um bom termômetro para o desempenho do varejo no fim do ano. Por isso, segundo a ACSP, os varejistas devem aguardar os resultados da primeira quinzena de outubro para definir encomendas e projetar vendas para o Natal.

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