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A queda livre das vendas do varejo deve intensificar o processo de demissões no começo de 2016, tão logo se dissipe a esperança de parte dos varejistas em relação a alguma melhora das vendas puxada pelo Natal. A avaliação é do economista Marcel Caparoz, da RC Consultores, baseada na queda de 0,9% das vendas em agosto em relação a julho e de 6,9% em relação ao mesmo mês no ano passado.
Para o economista, um indicador de que as vendas estão refletindo a perda de emprego e diminuição da renda é a queda de 5% nas vendas do segmento de hiper e supermercados. "A tendência é continuar caindo e isso vai acabar por corroer a alta de 1,6% ainda acumulada em 12 meses do setor supermercadista", disse.
Na ponta, as vendas de móveis e eletrodomésticos caíram 18,6%, livro, jornais e revistas despencaram 15,6% e tecidos, vestuário e calçados recuaram 13,7%. "São quedas muito fortes. E como o comércio é o setor que mais emprega e a mão de obra empregada não é muito qualificada, os empresários não perdem muito em promover as demissões", disse Caparoz.
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Para o final de 2015, a RC Consultores prevê uma queda de 3,6% das vendas do varejo pelo conceito restrito, que exclui as vendas de veículos e materiais de construção.
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