Cotidiano
Segundo a Renault, que ocupou o quinto lugar entre as maiores vendedoras de veículos no País no ano passado, as vendas terão "queda de um dígito" no Brasil
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As vendas de veículos no Brasil continuarão em queda neste ano. A previsão foi divulgada nesta semana durante a apresentação dos resultados da montadora francesa Renault. Segundo a montadora que ocupou o quinto lugar entre as maiores vendedoras de veículos no País no ano passado, as vendas terão "queda de um dígito" no Brasil em 2015. A situação da Rússia é ainda pior, onde as vendas devem cair até 30%.
Durante a apresentação de resultados do ano passado, o presidente da montadora, Carlos Ghosn, reconheceu o cenário desafiador da montadora francesa nos mercados emergentes. Três países foram destacados negativamente: Brasil, Argentina e Rússia. Em 2014, as vendas caíram 7% no mercado brasileiro, 28% na filial argentina e 11% na subsidiária russa. Para 2015, a aposta é de queda "de um dígito" nos dois países sul-americanos e entre 20% e 30% na Rússia. Na média global, ao contrário, as vendas devem crescer 2% este ano.
Ghosn explicou aos acionistas e jornalistas que alguns países em desenvolvimento enfrentam quadro complexo diante "da situação muita incerta dos mercados e do câmbio". Por isso, a montadora entende que as vendas devem continuar em queda - em especial nesses três mercados.
Por isso, o presidente da montadora citou que a Renault continua comprometida em reduzir custos para "manter a lucratividade das filiais" emergentes. Essa disciplina para manter os resultados deverá acontecer enquanto a empresa tenta ajustar a linha de produtos para minimizar perdas. Nos emergentes, a estratégia passa por lançar modelos mais baratos - no segmento de veículos de entrada - e, no Brasil, a Renault também aposta fichas na nova pick-up Duster Oroch apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo.
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O presidente da montadora francesa lembrou ainda que mercados emergentes costumam ter quedas expressivas em situação de crise, mas reagem rápido quando a situação melhora. Por isso, defende que é importante reduzir custos e elevar a produtividade para que a empresa esteja preparada para quando a situação econômica melhorar.