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Três meses depois do ataque terrorista aos jornal Charles Hebdo que levou milhões de pessoas às ruas de Paris para pedir por mais tolerância, o primeiro-ministro Manuel Valls fez hoje (17) um alerta à sociedade: o número de casos de racismo, homofobia e principalmente intolerância contra as comunidades judaica e muçulmana na França está aumentando de forma assustadora.
Em visita a uma escola no subúrbio de Créteil, onde vive grande número de imigrantes judeus e muçulmanos, Valls anunciou o investimento de 100 milhões de euros (R$ 329 milhões) em projetos educacionais de combate à intolerância. Ele disse que medidas legais serão adotadas contra o discurso do ódio na internet e que serão ampliadas as penas para crimes que tenham motivação racista, religiosa ou homofóbica. Créteil foi palco, em dezembro do ano passado, de um brutal caso de violência contra um jovem judeu e a namorada.
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Levantamento divulgado ontem (16) pelo Observatório Nacional contra a islamofobia da França mostra que o número de atos contra a comunidade muçulmana depois dos ataques terroristas de Paris aumentou de 37, no primeiro quadrimestre do ano passado, para 222, no mesmo período deste ano.
Os atos incluem violência contra homens e mulheres, vandalismo e destruição de prédios e mesquitas. A intolerância na França afeta também a comunidade judaica. Dados do Ministério do Interior mostram que o número de ataques contra judeus mais que dobrou, passando de 423 em 2013, para 851 no ano passado.
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