Vacina HPV: duas das três jovens internadas recebem alta

Duas das três meninas internadas após tomarem a vacina HPV tiveram alta no início da tarde de hoje (10). Luana Alves Barros, de 12 anos, e Mariana Freitas, de 13 anos, estavam internadas desde a última sexta-feira (5). Nathália dos Santos segue internada no Hospital Guilherme Álvaro.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o quadro da adolescente que permanece no hospital é estável. “Ela segue em avaliação. Só deve ser liberada quando estiver 100% e ainda não tem previsão para isso”, informou a assessoria de imprensa.

As jovens estão entre as 11 adolescentes que receberam a segunda dose da vacina no último dia 3, quarta-feira, na Escola Estadual William Aureli, em Bertioga, e logo após foram encaminhadas ao Pronto-Socorro (PS) da cidade com sintomas como fraqueza, dor de cabeça e tontura. As outras oito alunas foram socorridas no dia e não tiveram recaídas. As três adolescentes que precisaram ser internadas apresentaram um quadro inconstante, dormências nas pernas e tiveram várias recaídas.

Causa

Helena Sato descartou, na última segunda-feira, dia 8, a possibilidade de a vacina ter causado os sintomas nas alunas da rede municipal de Bertioga e atribui os problemas a fatores psicológicos. “Ainda estamos acompanhando, mas sabemos que não é uma reação da vacina. Os sintomas indicam que o que aconteceu foi uma reação de ansiedade a imunização. Um temor à dor da aplicação.

Não é comum, mas acontece”, explicou a diretora. A hipótese de paralisia nos membros inferiores também foi descartada.

A confirmação do Estado não convenceu a doméstica Rosália Alves Barros. “É uma loucura. Minha filha nunca teve problema psicológico. Ela tomou a vacina e ficou doente. Eu tenho certeza que foi a vacina”, acredita a mãe de Luana.

Vacinação continua

A diretora de Imunização garante que a vacina é segura e que a campanha irá continuar em todo Estado, inclusive com a distribuição do mesmo lote. “Apenas 11 de 480 meninas vacinadas naquela cidade apresentaram sintomas. Por isso, a vacinação continua, ela é muito importante para a prevenção do câncer do colo de útero”, explica Helena Sato. Os frascos aplicados em Bertioga pertencem a um lote com 320 mil doses. Desde 1º de setembro, foram vacinadas 20 mil meninas em todo o Estado.