Cotidiano

Usuários reclamam do Bike Santos

As queixas são em relação a falta de manutenção e problemas no aplicativo para celular

Publicado em 27/08/2013 às 20:16

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Em nove meses de funcionamento, o Bike Santos está dando dor de cabeça para alguns usuários do serviço. As reclamações vão desde problemas no aplicativo para celular à manutenção das bicicletas disponíveis.

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A Reportagem do Diário do Litoral percorreu três estações instaladas no Centro da Cidade para averiguar os problemas. A primeira questão constatada foi sobre o problema no aplicativo. Na estação 26 – Alfândega, situada na Praça da República, o aplicativo liberou a bicicleta, mas o veículo não era destravado. O procedimento foi efetuado com mais de uma bicicleta e ocorreu o mesmo problema.

Usuários enfrentam problemas com o aplicativo de celular e a Central de Atendimento (Foto: Jonas de Morais/DL)

Na estação 28 – Mauá, situada na Praça Visconde de Mauá, ocorreu o mesmo problema. No local, um usuário — que não quis se identificar — elogiou o serviço, mas reclamou por muitas vezes não conseguir deixar a bicicleta na estação desejada. “Quando não tem espaço vago para deixar a bike é uma dor de cabeça. Tem que ligar na Central e esperar o carro responsável. Muitas vezes, não dá para esperar”, explica.

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Já na estação 27 – José Bonifácio, situada na Avenida Senador Feijó, dois usuários encontravam problemas para destravar uma bicicleta. Um não conseguia acessar o aplicativo: ocorria o mesmo problema da estação 26 – Alfândega. Outro não conseguia falar com a Central pelo telefone: “só estou aqui gastando os meus créditos”, reclama.

O operador de máquina Rafael Pereira também encontrou dificuldades na estação 25 – Mercado Municipal, que está situada na Avenida 7 de Setembro, esquina com a Praça Iguatemi Martins. “Por três dias seguidos não consegui destravar uma bicicleta na estação. No aplicativo ela é liberada, mas na cancela não. Uso o serviço todos os dias para trabalhar, nunca encontrei problemas, mas estou evitando de usar para não ter mais este tipo de surpresa”, afirma.

No fim do ano passado, o DL fez um ‘test drive’ com as bicicletas públicas do Bike Santos e constatou que os veículos, na época, com apenas um mês de uso, já precisavam de manutenção.

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Segundo a Prefeitura de Santos, a manutenção das bicicletas é feita pela empresa Serttel, operadora do serviço. Das 300 bicicletas disponíveis para uso na Cidade, cerca de 40 são retiradas diariamente das estações para limpeza e manutenção preventiva. A empresa também dispõe de funcionário com moto que agiliza atendimento nos casos de emergência. O telefone para solicitar reparos nas bicicletas é 4062-1699.

A empresa Serttel também é responsável pelo atendimento telefônico na Central e pelo aplicativo disponível para celulares. A Prefeitura explica ainda que, como a maioria dos aplicativos para telefone móvel, o do Bike Santos também necessita de atualizações. “Nesse caso, o usuário cadastrado deverá remover e instalar o aplicativo novamente no seu celular. No site bikesantos.com há informações de como ele pode ser baixado”, informa.

Mesmo assim, o número de adeptos do serviço só cresce. Em maio deste ano, com apenas seis meses de serviço, o sistema já havia cadastrado mais de 37 mil usuários. Atualmente, o Bike Santos tem mais de 40 mil usuários cadastrados e 350 mil viagens realizadas. Diariamente, 1.600 bicicletas são retiradas pelos usuários.

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Segundo a Prefeitura de Santos, há projetos para a expansão do sistema até a Zona Noroeste, porém somente após a conclusão da obra da ciclovia na Avenida Nossa Senhora de Fátima, a fim de oferecer um deslocamento mais seguro entre as zonas leste e noroeste.

Questionada sobre a possibilidade de remanejamento nas estações por conta da superlotação, a Prefeitura de Santos respondeu que não está prevista a mudança de local das estações neste momento. “Em relação às estações mais cheias, informamos que dois veículos da empresa Serttel retiram as bicicletas das estações para que seja feita a manutenção e o remanejamento dos veículos — retiram as bikes de estações cheias e repõem nas estações mais vazias. As operações são coordenadas pela Central da Serttel, com supervisão da CET”, afirma.

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