Cotidiano

Usuários criticam falta de manutenção em bicicletas de Santos

Cano que sustenta banco de equipamento chegou a partir enquanto estudante pedalava. Uma das sugestões do estudante é espaço para comunicar problemas

Publicado em 15/06/2015 às 10:32

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Bicicletas sem espelhos ou adesivos refletores, pneus murchos, bancos quebrados e dificuldades para retirar o equipamento das estações. Essas são algumas das reclamações dos usuários do Bike Santos ouvidos pelo DL.

Atualmente, são 370 bicicletas, distribuídas em 37 estações. “Esta não é a primeira vez que tive problemas com o serviço”, comentou o estudante Wellington Puppi. No último dia 24, a barra que sustenta o banco da bicicleta partiu enquanto ele pedalava.

“O cano do banco que estava impossível de regular. Ele estava na posição mais alta. Até tentei diminuir a altura, mas estava emperrado. Como dava pra pedalar mesmo naquela situação retirei mesmo assim, mas pedalei cuidadosamente para que eu não caísse, pois sabia que uma hora iria quebrar. Ainda bem que não quebrou na ciclovia da Ana Costa que, além de estreita, qualquer deslize você pode cair na faixa da esquerda dos carros e um acidente seria inevitável. Vale lembrar que a pessoa já entregou a bicicleta nesse estado, e muito provável que ela não tenha sido a primeira a utilizar a bicicleta nesse estado”, explicou Puppi.

Antes de utilizar o equipamento que acabou quebrando, o estudante tentou retirar outra bicicleta, mas o sistema não disponibilizou a retirada. “Essa falha sempre acontece. Quando não são as bicicletas em má estado, são as estações off-line. No caso estavam disponíveis as bicicletas 2 e 3 na estação Cidadania, porém somente foi liberada a bicicleta 1, e não entendi o motivo, pois as outras duas não apareciam no aplicativo. Era como se elas não estivessem ali. Pior pra quem usa o cartão transporte pra retirar, pois não tem opção de escolha da bicicleta, já cheguei a retirar bikes sem corrente, e devolvi pra poder pegar outra”.

Wellington ressaltou outros problemas. “Por vezes, a sessão não é finalizada. Você entrega uma bicicleta, a estação “trava” o equipamento na posição, porém quando você vai consultar no aplicativo, consta ainda em uso. Nesses casos tem que ligar imediatamente na central e avisar essa falha, indicando a estação e a posição. Caso contrário eles cobram o tempo excedente. Fora que quando isso ocorre, você não pode retirar outra bicicleta. Já fiquei 3 dias sem poder retirar pois, mesmo após ter telefonado, a central não finalizou. Pior pra quem usa o Cartão Transporte, pois não tem como conferir se a bicicleta realmente foi entregue no sistema. O Call Center também deixa a desejar. Nesse caso, tive que contar com a boa vontade de um atendente em finalizar a sessão”.

Há bicicletas que não têm condições  de uso nas estações (Foto: Wellington Puppi/Foto-leitor)

O estudante também comentou a falta de segurança em relação aos equipamentos e estações. “À noite, vândalos podem retirar as peças. A Guarda Municipal têm várias tarefas e se uma viatura acabou de passar por uma estação, nada impede que, após a passagem da guarda, irem lá retirar as peças. Já vi bicicleta sem banco, sem corrente, sem a roda dianteira (...) o espelho é item raro, pois é o mais fácil de ser retirado”.

Estudante pede mais comunicação com empresa

Para melhorar a questão da manutenção, o estudante pede mais comunicação com a Samba Transportes Sustentáveis, empresa responsável pelo programa.

“Se eu vejo uma bicicleta com defeito, poderia informar à central através do telefone ou do próprio aplicativo que tal bicicleta não está em condições. Imediatamente, a central bloquearia essa bicicleta e posteriormente a equipe de manutenção a recolheria. Atualmente, o aplicativo não tem qualquer tipo de comunicação nesse sentido, e o call center não faz nada nesse sentido, avisa apenas que irá tomar as providências. Nada impede que outra pessoa vir retirar a bicicleta”.

Outra sugestão foi a criação de estações em determinados pontos da cidade. “O número é satisfatório, mas alguns bairros não têm estações como o Marapé e o Macuco. No Marapé, a mais próxima fica no Canal 1 com a Rua João Caetano. Se a pessoa mora na Napoleão Laureano, perto da Avenida Dr. Moura Ribeiro, até desanima ir retirar. Seria interessante ter uma na Rua Carvalho de Mendonça com o Canal 1.  Na Zona Noroeste, também acho pouco 3 estações, espero que conforme forem fazendo novas ciclovias, tenha mais estações pra lá”.

“O serviço em geral é bom, mas o sistema é muito imprevisível. Também seria interessante melhorar as reposições de bicicletas nas estações que ficam sem nenhuma disponível para retirar. Saídas de faculdade, onde a demanda é maior, é previsível que falte bicicleta, mesmo assim não ocorre a reposição, temos que ficar aguardando a boa vontade de vir alguém entregar naquela estação pra poder ir embora. Já cheguei esperar por 40 minutos e até evito estações com apenas uma, pois geralmente ela está com defeito”.

 

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