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O uso dos celulares, smartphones, tablets e dispositivos similares em obras tem gerado polêmica. A exemplo de Brasília, onde os empresários da Construção Civil e trabalhadores entraram em um acordo, e os aparelhos agora são proibidos durante o horário de trabalho, em Santos a discussão também toma força nos canteiros de obras.
Empreiteiro da fachada da obra de um prédio na Ponta da Praia, Thiago Rodrigues supervisiona seus funcionários. No canteiro de obras que ele atua, pedreiro nenhum pode trabalhar ouvindo música. Somente é permitido atender ligações e o uso dos aparelhos eletrônicos durante o horário de almoço.
“Com certeza atrapalha o rendimento do pedreiro. A música distrai, principalmente quando eles estão com fone de ouvido. Não ouvem nada em volta e perde a atenção nos comandos e o que tem que ser feito”, diz o empreiteiro.
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No entanto, Thiago não proíbe que os pedreiros atendam ligações. “Eu não gosto que eles fiquem no celular olhando redes sociais, mas para atender ligações eles têm total liberdade”, explica.
Da mesma opinião compartilha o chefe de obras Augusto Andrade. Ele comanda os serviços de uma equipe de pedreiros e também limita o uso de aparelhos eletrônicos. “Pode chegar a ser perigoso. Qualquer distração pode ser perigosa para os pedreiros, por mais que eles utilizem todos os equipamentos de segurança”, diz.
Até mesmo o pedreiro Antonio Luis de Sousa concorda com a limitação do uso de eletrônicos. “Eu não uso fone de ouvido, porque me distrai. Só pego no celular quando preciso fazer alguma ligação ou estão me ligando. Acho correta a proibição”, ressalta ele.
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Brasília
No começo de julho, empresários do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e líderes do Sindicato dos Trabalhadores do Distrito Federal entraram em um acordo sobre a polêmica. Os aparelhos eletrônicos estão proibidos durante horário de trabalho com o objetivo de diminuir os riscos de acidentes nos canteiros de obras.
A decisão compõe o aditivo da Convenção Coletiva de Trabalho de 2014 e tem como objetivo evitar que os aparelhos dispersem os profissionais e causem acidentes nas obras. A medida ainda abre precedente para outras cidades brasileiras adote a restrição do uso do aparelho nos canteiros de obras.
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