LIMITAÇÕES À EDUCAÇÃO
O governo Bolsonaro (PL) congelou R$ 344 milhões em recursos; a universidade revelou que tem uma dívida milionária e que não tem condições de quitá-la
Refeições no restaurante universitário da instituição estão sendo oferecidas gratuitamente a bolsistas / Divulgação/Unifesp
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A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou nesta quarta-feira (7) que não possui recursos para pagar pelas bolsas de estudo que ajudam no mantenimento de parte de seus alunos. O anúncio ocorre dias após o Governo Federal confirmar que irá congelar R$ 344 milhões em recursos para instituições de ensino superior mantidas pela gestão Bolsonaro (PL).
A Unifesp divulgou uma nota à toda a comunidade informando seu posicionamento.
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"Estão com pagamento comprometido ações e compromissos como auxílios Pape; auxílio emergencial do Campus Zona Leste; auxílio Promissaes; bolsas de Iniciação Científica (editais Unifesp); bolsas de Monitoria; bolsas de Extensão; contratos continuados de terceirizados; concessionárias (energia elétrica, água e esgoto, gás, internet); e contratos de manutenção e obras.", diz o comunicado da instituição.
A Federal de São Paulo é uma das universidades mais importantes do País e é mantenedora do Hospital São Paulo, uma das unidades de saúde da capital paulista, onde seus estudantes de medicina fazem residência médica e atendem aos pacientes.
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No mesmo comunicado, publicado no Facebook, a instituição afirma que possui dívida milionária e que não vai conseguir quitá-la. "A Unifesp reforça que empenhou 100% do seu orçamento. E que, hoje, a universidade tem R$ 5,8 milhões de reais a pagar sem recursos financeiros para honrá-los.", diz outro trecho da nota.
Como forma de amenizar o impacto aos estudantes bolsistas, que dependem dos recursos do Governo Federal para se manter, a Universidade decidiu oferecer gratuitamente as refeições em seu restaurante interno a estes alunos. A mesma decisão foi tomada pela Universidade de São Paulo (USP) que liberou o chamado "bandejão" para os seus alunos bolsistas.
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No mês de outubro, o governo Bolsonaro já havia anunciado o congelamento de R$ 2,4 bilhões em recursos para universidades e institutos federais. À época, o ministro da Educação, Victor Godoy, disse que a decisão tratava-se de apenas de uma "limitação" temporária.
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