Cotidiano
Os problemas com o abastecimento energético são comuns na região, que também sofre com a escassez de água. Em tempos normais, as interrupções de energia chegam a durar entre oito e 12 horas
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A única central elétrica da Faixa de Gaza parou de funcionar após um bombardeio do Exército israelense durante a noite de ontem (28). A informação foi confirmada hoje (29) pelo diretor adjunto da Autoridade de Energia da Palestina, Fathi Al Sheikh Khalil. "A única central elétrica de Gaza deixou de funcionar após um bombardeamento israelense na noite passada, que danificou o gerador de vapor antes de cair sobre os reservatórios de combustível, que pegaram fogo", informou Khalil.
A central fornece aproximadamente 30% da energia consumida em Gaza e o estrago causou a interrupção do fornecimento de eletricidade em várias partes da região, que tem uma população de 1,8 milhão de habitantes. Grandes incêndios também foram vistos na área da central, de difícil acesso para equipes de socorro.
Khalil também informou que cinco das dez linhas de energia que têm origem em Israel e abastecem Gaza foram danificadas pelos bombardeios. “Os serviços de manutenção não conseguem entrar na zona de modo a reparar as ligações", relatou.
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Os problemas com o abastecimento energético são comuns na região, que também sofre com a escassez de água. Em tempos normais, as interrupções de energia chegam a durar entre oito e 12 horas, frequentemente. A precariedade afeta hospitais, escolas, o comércio e estações de tratamento de água.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a demanda por energia elétrica em Gaza é 360 megawatts: um terço, ou 120 megawatts, fornecidos por Israel, que impõe um bloqueio à região desde 2006; 22 megawatts pelo Egito e 80 megawatts pela central danificada na noite de ontem.
Desde o início do mais recente conflito entre Israel e o movimento armado Hamas, 1.113 palestinos foram mortos, cerca de 70% civis, de acordo com a estimativa da ONU. Do lado israelense, três civis e 53 soldados perderam suas vidas - maior número desde a guerra contra o grupo Hezbollah, do Líbano, em 2006
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