Cotidiano
Em mensagem divulgada hoje (13), a diretora-geral da Unesco disse que não se pode ignorar o conhecimento disponível. É preciso expandir e integrar o conhecimento e a experiência
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) defendeu a combinação de práticas e saberes tradicionais com conhecimentos científicos para prevenir de forma eficaz e sustentável o risco de desastres.
Em mensagem divulgada hoje (13), no Dia Internacional para a Redução de Desastres Naturais, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse que não se pode ignorar o conhecimento disponível, em vez disso, é preciso expandir e integrar o conhecimento e a experiência onde quer que possam ser encontrados. "Convido a todos os parceiros e governos para promover essa visão global: é a chave para a construção de sociedades que são tanto mais resilientes quando inclusivas”, afirmou Irina.
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Para ela, o conhecimento salva vidas. "Este dia é uma oportunidade para se concentrar na importância vital dos conhecimentos locais, tradicionais e indígenas, na redução do risco de desastres no que diz respeito aos perigos naturais”. A diretora assegurou que a agência “está firmemente empenhada nesse processo, por meio da sua experiência educacional, científica e cultural”.
Ela lembrou que “a contribuição do conhecimento, indígena e local, para a resiliência entre populações vulneráveis foi evidenciada por ocasião do tsunami registado no Oceano Índico em 2004”. Por isso, segundo ela, “a Unesco está comprometida com a maior difusão possível dos conhecimentos indígenas para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e dos desastres, especialmente em áreas remotas, como pequenas ilhas, zonas de grande altitude e os trópicos úmidos”.
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Citando o impacto desse tipo de iniciativa, Irina Bokova destacou que a Unesco lançou uma iniciativa nas Filipinas, no Timor-Leste e na Indonésia para registrar o conhecimento local que ajuda a prever e mitigar as tempestades, os ciclones e os efeitos das mudanças do clima.
“Tudo demonstra o profundo conhecimento e domínio do ambiente pelos povos que vivem lá, o que deve ser incluído urgentemente nas políticas de gestão de desastres”, acrescentou a diretora na nota.
A Terceira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Redução de Riscos de Desastre, realizada em março deste ano na cidade japonesa de Sendai, fez um apelo para a necessidade de tornar esse conhecimento melhor difundido para o benefício de todos e maior cooperação entre governos, autoridades locais, comunidades e povos indígenas na formulação e implementação de políticas e normas para a prevenção desses desastres.
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