Cotidiano

Unesco: 34 milhões de crianças deixam de ir à escola em países com conflitos

Os dados integram um novo texto, divulgado hoje do relatório de acompanhamento da iniciativa Educação para Todos (EPT) da Unesco

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/06/2015 às 15:01

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Trinta e quatro milhões de crianças e adolescentes não frequentam a escola em países afetados por conflitos, mostra hoje (29) a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), adiantando que são necessários US$ 2,3 milhões (2 milhões de euros) para educação. Os dados integram um novo texto, divulgado hoje do relatório de acompanhamento da iniciativa Educação para Todos (EPT) da Unesco.

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O último relatório sobre a EPT, divulgado em abril, mostrava que apenas um terço dos 164 países que há 15 anos lançaram a iniciativa atingiu os objetivos fixados e identificava os conflitos como um dos maiores obstáculos ao progresso.

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O novo texto indica que “as crianças em países afetados por conflitos têm mais probabilidades de estarem fora da escola que as dos países não afetados,” enquanto para os adolescentes a probabilidade é dois terços maior.

A ONU informa que uma das “principais razões” para o problema “é a falta de financiamento”. “Em 2014, a educação recebeu apenas 2% de ajuda humanitária.”

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Os US$ 2,3 milhões que a Unesco considera necessários para fazer regressar à escola as 34 milhões de crianças e adolescentes nos países em conflito correspondem a dez vezes o valor da ajuda disponibilizada para a educação atualmente.

“Mais de metade da ajuda humanitária disponível para educação foi atribuída a apenas 15 dos 342 pedidos feitos  entre 2000 e 2014”, explica a agência da ONU.

Em 2013, foram identificados nos países em conflitos necessidades de apoio na área de educação as 21 milhões de pessoas. No entanto, apenas 8 milhões foram incluídas nos apelos e desses só 3 milhões receberam ajuda.

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“Voltar à escola pode ser a única centelha de esperança e de normalidade para muitas crianças e jovens em países mergulhados em crises”, acrescenta a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, citada no comunicado.

Cerca de 58 milhões de menores estão fora da escola em todo o mundo e 100 milhões não conseguem completar o ensino primário.

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