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A União Europeia vai começar, a partir da próxima semana, a bolar um plano que pretende desarticular o modelo de negócio de traficantes de seres humanos no Mar Mediterrâneo, disseram diplomatas nesta sexta-feira. Cerca de mil imigrantes ilegais entraram na Europa neste ano, com aproximadamente 2 mil mortos durante a perigosa travessia. A maioria dos barcos parte do norte da África e tem a Itália e a Grécia como principais destinos.
Dois diplomatas dos países da União Europeia disseram que o continente deve começar a utilizar navios, aviões e drones de vigilância para recolher informações sobre os traficantes, mas pretende ficar longe de ações politicamente sensíveis, tais como a invasão ou a destruição de barcos de contrabando, o que deve ocorrer em fases seguintes da operação.
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Eles falaram sob condição de anonimato porque a decisão oficial deverá entrar na reunião de segunda-feira de líderes da UE em Bruxelas. Na primeira fase do plano, os barcos e aviões da União Europeia só irão operar em águas e céus internacionais e estarão envolvidos em trabalhos de resgate, se necessário.
"A expectativa é de que a operação esteja completa em setembro", disse um dos diplomatas. E a UE tem pressa. Muitos outros imigrantes ilegais da África e do Oriente Médio devem desembarcar na Europa ao longo dos próximos três meses, pois o verão europeu (do fim de junho ao fim de setembro) é considerada a alta temporada para as travessias.
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