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O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, ordenou nesta segunda-feira que as tropas e seus familiares que ainda permanecem na Crimeia se retirem do território. A decisão foi tomada após o exército russo invadir a base da infantaria da marinha ucraniana, na localidade de Feodosia.
"O Conselho Nacional de Segurança e Defesa ordenou ao Ministério da Defesa a retirada das unidades militares estacionadas na República Autônoma da Crimeia", comunicou Turchinov aos parlamentares da Ucrânia.
A decisão do governo ucraniano sinaliza uma mudança de posição, que até agora autorizava seus militares a defenderem suas bases contra ataques dos crimenianos e das forças russas.
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O ataque à base da Marinha ucraniana deixou soldados feridos e alguns prisioneiros. Diversos oficiais se recusaram a deixar o local e entraram em confronto com os russos. O território militar era uma das poucas instalações que ainda mantinham a bandeira da Ucrânia na Crimeia.
As tropas russas e soldados das chamadas autodefesas da Crimeia tomaram desde sábado o controle de quase todas as unidades, navios de guerra e bases militares que até então resistiam a mudar de lado ou abandonar seus destacamentos. No sábado, caíram o aeroporto militar de Belbek, nos arredores de Sebastopol, uma unidade da armada em Novofiodorovsk e vários navios de guerra.
Nesta segunda, o ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, visitou a região da Crimeia para vistoriar as tropas e as novas instalações militares de Kiev. Shoigu foi a primeira autoridade do governo a se reunir com os ex-soldados ucranianos e nomeou o contra-almirante Denis Berezovsky, que servia à Ucrânia, mas desertou e decidiu ficar ao lado das forças pró-russas.
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