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Os conflitos no leste da Ucrânia foram interrompidos na manhã desta sexta-feira após o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ter assinado em Minsk um acordo de cessar-fogo com os separatistas pró-Rússia, válido a partir das 18h (10h em Brasília) de hoje. As negociações contaram com a mediação da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
"A vida de seres humanos é o que mais vale. E nós precisamos fazer o possível e o impossível para parar com os derramamentos de sangue e o sofrimento das pessoas", afirmou Poroshenko em comunicado. Tanto o presidente ucraniano quanto os líderes do grupo separatista de Donetsk, declararam publicamente que retiraram suas tropas dos campos de batalha.
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O acordo também prevê a soltura de mais de mil prisioneiros de cada lado, item classificado como um "grande avanço" pelo embaixador russo na Ucrânia, Mikhail Zurabov, que também assinou o acordo. Segundo Poroshenko, a troca de detidos deve começar no sábado, com a fiscalização da OSCE. Ajudas humanitárias também serão enviadas para as regiões que foram palco de batalhas.
Conforme relatos do governo ucraniano e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), desde abril os russos têm enviado tropas para dar suporte aos separatistas pró-Rússia, que lutam contra o exército da Ucrânia. Pelo menos mil soldados russos estavam envolvidos diretamente nos confrontos, disse a Otan.
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Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os conflitos já resultaram na morte de pelo menos 2600 pessoas e forçaram outras centenas de milhares a deixar suas casas. "O cessar-fogo vai salvar não só a vida de civis, mas também daqueles que pegaram em armas para defender suas terras", publicou no Twitter Alexander Zakharchenko, líder dos rebeldes na região em torno de Donetsk, a quinta maior cidade do país e a maior controlada pelos separatistas.
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