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O túmulo do padre espanhol Junípero Serra, canonizado pelo papa Francisco na última quarta (23), foi parcialmente destruído por vândalos neste domingo (27) em Carmel, no Estado americano da Califórnia.
O grupo de vândalos, que ainda não foi identificado, derrubou estátuas e atirou tinta contra o túmulo do novo santo e de outras pessoas do mesmo cemitério. Em uma pedra foi escrita a expressão "santo do genocídio".
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A mensagem faz referência ao fato de que o padre que levou o catolicismo à Califórnia no século 18 teria apoiado a morte de índios e a destruição de sua cultura quando a região ainda estava sob domínio espanhol.
Em comunicado, a missão católica de Carmel pediu a seus fiéis que rezem para que os autores "se responsabilizem por suas ações nesta propriedade sagrada e busquem a reconciliação".
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Devido ao ataque, foram suspensas as cerimônias previstas para o domingo para celebrar a canonização de Serra. Em vez da missa, voluntários ajudaram a limpar tumbas profanadas e a levantar as estátuas derrubadas.
A porta-voz da polícia do condado, Esther Partido, informou que o crime está sendo investigado, mas que ninguém ainda foi preso. A principal hipótese é de crime de ódio, já que foram vandalizados apenas túmulos de europeus.
"Era uma coisa que muito esperávamos por causa da canonização. Há muita polêmica sobre a forma como o padre tratou os nativos americanos no período em que esteve aqui", disse Partido.
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Na cerimônia de quarta, em Washington, Francisco chamou o padre Junípero Serra de "o evangelizador do oeste americano". Ele é o primeiro santo canonizado em território americano, apesar das críticas de alguns grupos.
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