Cotidiano

Tropas sírias intensificam ofensiva em territórios ocupados por rebeldes

Após a tomada de Qusair, as forças do presidente Bashar Assad parecem ter direcionado seus esforços para expulsar os rebeldes da região central

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/06/2013 às 18:30

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Tropas sírias, apoiadas por combatentes do Hezbollah, intensificaram sua ofensiva nesta sexta-feira na direção dos territórios ocupados pelos rebeldes e tomaram o controle de duas pequenas vilas próximas a uma cidade estratégica, que foi capturada pelo governo nesta semana.

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Após a tomada de Qusair na quarta-feira, as forças do presidente Bashar Assad parecem ter direcionado seus esforços para expulsar os rebeldes da região central, densamente povoada do país, incluindo as cidades de Homs e Alepo.

As forças do governo enfrentaram pouca resistência nesta sexta-feira ao assumir o controle das vilas de Salhiyeh e Masoudiyeh, ao norte de Qusair, informaram ativistas e a agência estatal de notícias Sana. Na quinta-feira, os rebeldes também perderam o controle da vila de Dabaa, que fica nas proximidades.

A ação levou as tropas de Assad e seus aliados do Hezbollah para perto da vila de al-Buweida, que também fica ao norte de Qusair, onde a maioria dos rebeldes que se retirou de Qusair assumiu posições e se reagrupou. A televisão estatal informou que tropas do governo estão perseguindo rebeldes no local.

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Não havia informações sobre mortos e feridos em razão dos confrontos nesta sexta-feira, mas os violentos combates das ultimas três semanas mataram dezenas de rebeldes, militares e combatentes do Hezbollah.

O conflito na Síria começou em 2011 (Foto: Associated Press)

Desde que entrou nos combates em Qusair com força total em abril, o grupo militante libanês Hezbollah tem ajudado a alterar o equilíbrio de poder em favor de Assad, permitindo que o regime tomasse o controle da maioria das cidades e vilas nas proximidades da fronteira com o Líbano.

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O Programa Mundial de Alimentação disse, em comunicado divulgado nesta sexta-feira que tem distribuído ajuda alimentar de urgência para "famílias vulneráveis" em Qusair por meio do Crescente Vermelho sírio, o que marca a primeira vez que os trabalhadores humanitários entram na cidade em vários meses. O comunicado diz que a agência enviou porções de alimentos na quinta-feira para distribuição na cidade.

No norte do país, os rebeldes atacaram uma base aérea militar e realizaram bombardeios com tanques contra o prédio do comando, mas não conseguiu capturá-lo, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.

A base aérea de Mannagh está sob cerco rebelde há meses, mas segundo Mohammed Said, ativista que mora em Alepo, os rebeldes não conseguiram avançar no ataque à instalação.

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Também ocorreram confrontos esporádicos nesta sexta-feira na região sul de Quneitra, nas Colinas de Golã, informou o Observatório. Na quinta-feira, os rebeldes tomaram, por um breve período, um posto de fronteira controlado por Israel, mas o local foi retomado posteriormente.

Os confrontos provocaram a retirada do contingente de manutenção de paz da Áustria, que compõe a força da ONU que patrulham a disputada área, elevando os temores em Israel de que a guerra civil na Síria pode chegar em breve ao território israelense.

Num raro comunicado, o Exército libanês advertiu nesta sexta-feira sobre "conspirações" para levar o país novamente para uma guerra civil. "Alguns grupos parecem determinados a provocar tensões de segurança...tendo em vista as divisões política no Líbano a respeito dos acontecimentos militares na Síria", diz o documento.

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Os militares prometeram tomar ações firmes contra qualquer um que tente se intrometer na segurança do país, dizendo que "o uso de armas será combatido com armas".

Jornalistas franceses

O presidente da França, François Hollande pediu nesta sexta-feira a libertação de dois jornalistas franceses desaparecidos na Síria, dizendo que suas vidas estão em risco. Hollande, que está em Tóquio em visita oficial, disse aos repórteres que não poderia revelar detalhes sobre os dois profissionais.

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A emissora de rádio francesa Europe 1 delcarou, em comunicado publicado em seu site, que não conseguiu entrar em contato com o repórter Didier François e o fotógrafo Edouard Elias, que saíram da fronteira da Turquia com a Síria em direção a Alepo.

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