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A televisão estatal síria e ativistas de oposição disseram que o Exército capturou a cidade de Safira, norte do país, onde, acredita-se, exista uma instalação para fabricação e estoque de armas químicas. Há três semanas Safira tem sido palco de intensos confrontos, já que o Exército tenta retomar o local, que está nas mãos dos rebeldes há mais de um ano.
Embora não haja confirmação, acredita-se de Safira seja um dos dois locais que os inspetores internacionais - que estiveram no país para acompanhar o processo de destruição do arsenal químico sírio - não conseguiram visitar por questões de segurança. A cidade também faz parte de uma estratégica rota de suprimento para forças do governo sírio que estão na cidade de Alepo.
Ativistas sírios que vivem em Alepo confirmaram nesta sexta-feira que os rebeldes se retiraram da Safira durante a noite sob intenso ataque e a deixaram para as tropas do governo.
Áreas rebeldes ao sul de Damasco também foram alvo de fortes ataques realizados pelas forças do governo nesta sexta-feira. Apoiados por combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah e por milícias legais ao presidente Bashar Assad, o Exército "avança sobre Sbeineh e assumiram o controle de partes da cidade", informou o diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman.
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O avanço acontece em meio a um "feroz bombardeio" à cidade "desde a madrugada", disse ele. Abdel Rahman afirmou que "as pessoas estão fugindo de suas casas e há sérios temores pelas vidas do grande número de civis que vive na área".
"O Exército tenta avançar sobre áreas ao sul da capital e isolá-las completamente da área rural, ao sul", onde os rebeldes têm suas bases, acrescentou ele.
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Liga Árabe
O enviado da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, encerrou sua visita a Damasco nesta sexta-feira. Ele pediu ao governo e à oposição que participem da conferência de paz em Genebra, que deve acontecer no final deste mês, mas reconheceu que a reunião pode não acontecer caso a oposição se recuse a comparecer.
Brahimi, que esteve em Damasco no final de seu tour pelo Oriente Médio, cujo objetivo foi angariar apoio para a conferência, pareceu incerto sobre as perspectivas para a reunião.
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"Digamos que ela vai acontecer apenas quando acontecer", disse ele aos jornalistas durante coletiva de imprensa em Damasco, pedindo que os dois lados cooperem.