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Um tribunal no Cairo ordenou o fechamento de quatro canais de televisão, incluindo a Al-Jazeera do Egito e a Ahrar 25, uma emissora que pertence à Irmandade Muçulmana. Os outros dois canais a serem fechados são os islâmicos Al-Yarmuk e Al-Quds.
A decisão do tribunal administrativo já era esperada em meio a uma intensificação da campanha do governo contra emissoras de TV e outros meios de comunicação que as autoridades consideram "simpáticos" ao presidente deposto Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana. Funcionários da Al-Jazeera não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
Na semana passada, três ministérios do governo emitiram um comunicado em que chamavam as transmissões da Al-Jazeera Mubasher Misr de uma "ameaça nacional", acusando-as de espalhar boatos. Eles disseram que a emissora logo receberia uma ordem para ser fechada.
Os ministros também disseram que o canal utilizava uma transmissão via satélite sem licença e propagava "boatos e alegações que são prejudiciais para a segurança nacional do Egito e ameaçam a unidade do país".
A emissora cobria os protestos da Irmandade após o golpe militar de 3 de julho, que derrubou Morsi. Nas últimas semanas, o canal começou a transmitir mensagens gravadas de membros da Irmandade que são procurados pelas autoridades e estão se escondendo.
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