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O Tribunal Penal de Minia, no Cairo, condenou hoje (24) à pena de morte 529 simpatizantes do ex-presidente egípcio Mohamed Mursi. Eles foram considerados culpados de uma série de assaltos a edifícios governamentais e ataques a pessoas e bens públicos na província de Minia, no Sul do Egito, em agosto de 2013. Os episódios ocorreram depois que forças de segurança desocuparam com violência dois acampamentos de ativistas. Em um dos ataques, a um quartel-general da polícia, um coronel foi morto.
Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito e líder do movimento islâmico Irmandade Muçulmana, chegou ao poder no dia 30 de junho de 2012, após décadas de regime militar, mas ficou na Presidência apenas um ano, sendo deposto no dia 3 de julho de 2013, por um golpe militar. Depois disso, uma série de violência se espalhou pelo país e milhares de seguidores da Irmandade Muçulmana foram presos e dezenas, condenados à prisão. No entanto, é a primeira vez que foram decretadas sentenças de pena de morte.
A maioria dos correligionários do ex-presidente foi condenada à revelia, pois quase todos estão foragidos. De acordo com o tribunal, apenas 153 deles estão detidos. Os condenados ainda podem pedir recurso da sentença.
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No julgamento de hoje, 17 membros do movimento islâmico foram absolvidos. Apesar das prisões e morte de centenas de pessoas por causa da repressão policial, a Irmandade Muçulmana tem mantido os protestos desde julho. De acordo com a Anistia Internacional, pelo menos 1,4 mil pessoas morreram nos conflitos desencadeados pela deposição de Mursi e milhares foram presas.