Cotidiano

Três remédios já estão contaminando o mar do Litoral de SP; saiba quais são

Medicamentos são os mais comuns e mais procurados em farmácias e, provavelmente, você os têm aí na sua 'caixa de remédios'

Da Reportagem

Publicado em 20/06/2024 às 11:05

Atualizado em 20/06/2024 às 11:06

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Três remédios são apontados como responsáveis por contaminar a água da Baixada Santista / Reprodução

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Três remédios foram detectados no mar da Baixada Santista e são apontados como responsáveis por contaminar a água. Em um projeto apoiado pela FAPESP, o pesquisador Camilo Seabra, em colaboração com a Universidade Federal de São Paulo e da Universidade Santa Cecília, identificou o acúmulo de ibuprofeno, paracetamol e diclofenaco, entre outros medicamentos, além de cocaína.

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Os pesquisadores detectaram a presença dos remédios, no ano de 2017, em amostras de água coletadas na região.

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A presença da cafeína também foi detectada e trata-se de um indicador tradicional de contaminação porque, além de ser consumida por meio de bebidas como café, chá e refrigerantes, está presente em diversos medicamentos.

“Essas descobertas foram muito surpreendentes”, avaliou Camilo Seabra.

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Sobre a cocaína

Os peixes da Baía de Santos, já estão sendo contaminados pela cocaína. A droga está presente não só na água, mas também em sedimentos e organismos marinhos em toda a região da Baixada Santista. O aumento do uso de drogas e o crescimento do tráfico no País são apontados como fatores que contribuíram para a contaminação dos peixes.

O entorpecente causa graves efeitos toxicológicos em animais como mexilhões-marrons, ostras de mangue e peixes, também de acordo com resultados de análises já citadas acima. Em razão disso, a droga passou a ser considerada um contaminante emergente preocupante.

“É uma concentração enorme de cocaína se imaginarmos o consumo de cafeína”, comparou Seabra.

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Outro poluente

Além da cocaína, outro contaminante emergente estudado pelo pesquisador e colaboradores é o material particulado atmosférico – um composto de origem metalúrgica que pode precipitar em regiões costeiras e causar efeitos tóxicos em organismos aquáticos, além de bioacumular no pescado.

“O ‘pó preto’ contém micro e nanopartículas metálicas, incluindo terras-raras, cujos efeitos ainda são desconhecidos. Invertebrados marinhos e peixes são impactados por essas partículas e os primeiros resultados que obtivemos por meio de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP são preocupantes”, afirmou Seabra.

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