A SSP afirmou que todos os casos de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigados / Divulgação/Governo do Estado
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A perícia no local dos fatos deixou de ser feita em ao menos três ocorrências que resultaram em mortes na Operação Verão, na Baixada Santista. Nesses casos, nove pessoas morreram.
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Entre os dias 3 de fevereiro e 9 de março, 40 pessoas foram mortas por policiais militares. A ação de tropas da PM foi desencadeada após o assassinato do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, na noite de 2 de fevereiro em Santos.
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A Folha de S. Paulo teve acesso a 15 boletins de ocorrência referentes a 24 mortes: 11 em Santos; nove em São Vicente; duas em Cubatão; e duas em Itanhaém.
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Vinte das pessoas mortas foram identificadas como pardas; duas eram pretas e outras duas, brancas.
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Em 12 boletins de ocorrência, os PMs mencionaram 61 tiros disparados no total.
A Secretaria da Segurança Pública,disse, em nota, que as forças de segurança do estado são instituições legalistas que atuam no estrito cumprimento do seu dever constitucional.
Um dos 15 BOs aos quais a reportagem teve acesso refere-se à morte de cinco pessoas em São Vicente, em 27 de fevereiro. O caso ocorreu em uma área de mata nas proximidades da rua Mário Davis Lerner, no Jardim Rio Branco.
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Segundo a versão policial, eram por volta das 19h15 quando PMs iniciaram uma ação de combate ao tráfico de drogas. As cinco pessoas no local tentaram fugir por uma trilha, mas se depararam com dois dos policiais e atiraram.
Os policiais afirmaram que revidaram e balearam as cinco pessoas, que foram socorridas, mas não resistiram aos ferimentos. Morreram Peterson Souza da Silva Xavier Nogueira, 32, Pedro Rosa dos Reis Junior, 24, Kauê Henrique Diniz Batista, 17, Luiz Henrique Jurovitz de Lima, 18, Marcus Vinicius Jurovitz de Lima, 17. Os dois últimos eram irmãos.
Conforme os policiais, foram encontrados na ação três revólveres ao lado dos baleados. Eles também disseram que houve a apreensão de R$ 729 e de material que parecia ser maconha, crack e cocaína.
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Peritos não estavam no local. No boletim de ocorrência há uma justificativa de falta de acesso ao local.
A conduta dos policiais foi classificada pelo delegado como legítima defesa.
Outro caso que terminou sem perícia aconteceu em 3 de fevereiro na avenida dos Bandeirantes, em Santos.
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De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares da Rota cercaram a Vila dos Pescadores para evitar que criminosos fugissem para a Vila dos Criadores.
Os PMs disseram que, durante a ação, os criminosos teriam atirado contra os policiais, que revidaram.
Três homens foram baleados. Um deles, segundo o registro, tinha um revólver calibre 38 e uma quantidade de droga. Eles foram levados à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da zona noroeste, onde morreram.
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Até a conclusão do documento, os três homens não haviam sido identificados.
O terceiro caso sem perícia ocorreu em 21 de fevereiro em São Vicente. Renato Barbosa Marques da Silva, 31, foi morto na rua G, no Jardim Rio Negro.
PMs disseram à Polícia Civil que estavam em operação pelo bairro quando resolveram verificar uma viela e ouviram o barulho de uma pessoa deixando o local, possivelmente em fuga. Ela teria atirado contra os policiais militares, que revidaram.
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Ao lado de Silva teria sido encontrada uma arma e no bolso dele, R$ 674.
A SSP afirmou que todos os casos de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigados, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário.
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