Cotidiano

Três candidatos eleitorais são assassinados no México

Enrique Hernández era um dos civis que pegaram em armas em 2013 e participou de um movimento de autodefesas, grupos civis que lutaram contra o cartel dos Caballeros Templarios

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/05/2015 às 16:54

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Pelo menos três pessoas que aspiravam a um cargo nas eleições municipais e estaduais de 7 de junho no México foram assassinadas, em Estados assolados pela violência dos cartéis do narcotráfico.

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Nesta quinta-feira, pessoas armadas que iam em uma caminhonete dispararam contra Enrique Hernández, candidato a prefeito do município de Yurécuaro, no Estado de Michoacán, oeste do país, quando ele participava em um comício político em plena rua. A Promotoria estadual informou em comunicado que, além de matar Hernández, candidato pelo partido de esquerda Morena, os agressores deixaram outros três feridos.

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Hernández era um dos civis que pegaram em armas em 2013 e participou de um movimento de autodefesas, grupos civis que lutaram contra o cartel dos Caballeros Templarios. O promotor estadual, José Martín Godoy, disse à emissora Milenio que Hernández havia sido acusado de "atividades ilícitas", mas era também "muito querido" por outras pessoas. Durante o levante civil, as autodefesas várias vezes detiveram pessoas, ou revistaram propriedades em busca de narcotraficantes, sem o devido respaldo legal.

Yurécuaro fica na fronteira com Jalisco, área onde o violento cartel Jalisco Nueva Generación aumentou sua influência nos últimos anos, enfrentando tanto as autoridades como grupos criminosos rivais.

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Também nesta quinta-feira, um comando armado disparou contra Héctor López Cruz, aspirante do Partido Revolucionário Institucional (PRI) à prefeitura de Huimanguillo, no Estado de Tabasco, Golfo do México. No momento do ataque, López Cruz retornava para sua casa, após um dia de campanha com Erubiel Alonso, líder do PRI em Tabasco. Alonso descreveu Huimanguillo como "um dos lugares mais violentos e perigosos de Tabasco", onde a violência do narcotráfico se une ao tráfico de imigrantes e aos assaltos, roubos e outros crimes.

Alonso disse que o assassinato não ameaça as eleições de junho, mas indicou que os candidatos do PRI somente farão campanha apenas à luz do dia.

Também em maio, em Guerrero, Estado do sul do país, outro candidato a prefeito do PRI, Ulises Fabián Quiroz, foi assassinado. Quiroz era candidato à prefeitura de Chilapa, palco de violentos enfrentamentos entre grupos criminosos que disputam a região. Em novembro, foram localizados 11 corpos decapitados e amontoados ao lado de uma rodovia e desde então não param de aparecer cadáveres desmembrados, queimados ou decapitados na área, o que complicou a tarefa do PRI para encontrar um candidato que substitua Quiroz.

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