Cotidiano

Transexual que encenou crucificação na Parada Gay afirma ter sido agredida

Na filmagem, postada em sua página de perfil no Facebook, ela alega, chorando, ter sido "quase esfaqueada" e mostra ferimentos no rosto e no braço -com sinais de sangue

Publicado em 09/08/2015 às 13:53

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A transexual Viviany Beleboni, 26, que em junho deste ano simulou a crucificação de Cristo na Parada Gay de São Paulo, publicou na noite de sábado (8) um vídeo no qual afirma ter sido agredida.

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Na filmagem, postada em sua página de perfil no Facebook, ela alega, chorando, ter sido "quase esfaqueada" e mostra ferimentos no rosto e no braço -com sinais de sangue.

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Viviany Beleboni afirma ter sido agredida

Segundo o relato, o indivíduo a reconheceu próximo à região onde ela mora. "Ele estava com uma faca, esses marginaizinhos, mendigo de rua, falou que eu não sou de Deus, que sou um demônio, e, o que eu fiz, eu teria que pagar", relata. "Se era isso que vocês inimigos queriam, conseguiram."

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De acordo com Beleboni, ela conseguiu se desvencilhar. "Sorte que eu tenho 1,80 m, sou homem o suficiente e consegui apartar isso. Ele saiu correndo, mas olha o que aconteceu comigo. Toda ensanguentada, agora com cicatriz no meu corpo", conta.

Ela afirma ainda que não registrará o caso em delegacia. "Pra quê? Pra te tratarem que nem homem? Pra te chamarem que nem homem e rir na sua cara e não dar porra nenhuma? Não, eu não vou. Sabe o que eu vou ter que fazer? Ficar trancada dentro de casa. É isso que esses religiosos, esses fanáticos, querem."

POLÊMICA

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A encenação da crucificação fez da atriz centro de polêmica na época.

O arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, emitiu nota sobre o episódio. "Entendo que quem sofre se sente como Jesus na cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa das pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar", disse.

O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) postou mensagens em uma rede social criticando a manifestação.
Beleboni chegou a ser criticada também por pessoas da própria comunidade LGBT. "Pensam que os gays vão ser mais reprimidos, que o preconceito vai aumentar."

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