Cotidiano

Trajetória incerta do tufão Hagupit exige maior prontidão nas Filipinas

A expectativa é que o furacão chegue à região atingindo partes da região que foi devastada pelo Haiyan no ano passado, quando deixou mais de 7 300 mortas ou desaparecidas

Publicado em 05/12/2014 às 13:05

Compartilhe:

O forte furacão Hagupit se aproximava das Filipinas nesta sexta-feira, mas previsões distintas a respeito de sua trajetória fizeram com que um trecho maior do país se preparasse para um final de semana com chuvas e ventos destruidores.

A expectativa é que o furacão chegue à região central das Filipinas na noite de sábado, atingindo partes da região que foi devastada pelo Haiyan no ano passado, quando deixou mais de 7 300 mortas ou desaparecidas. Apesar disso, a boa notícia é que o tufão está perdendo força na medida em que se aproxima da costa.

"Estou com medo", disse Jojo Moro, que sobreviveu ao Haiyan. "Estou rezando para que Deus não permita que outro desastre nos atinja. Ainda não nos recuperamos do primeiro." O empresário de 42 anos, que perdeu a mulher, a filha e a mãe na cidade de Tacloban no ano passado, disse ter estocado sardinhas em lata, macarrão instantâneo, ovos e água.

Pelo menos 47 das 81 províncias do país estão na lista de alto risco em relação aos efeitos do Hagupit, informaram autoridades. A primeira no caminho do tufão é Samar Oriental, onde o Hagupit vai tocar o solo. O tufão deve então cruzar as ilhas centrais, mas o que vai acontecer depois ainda é uma incógnita.

Modelos de computador de duas agências que acompanham de perto o tufão - o Centro Conjunto de Advertência para Tufões do Exército norte-americano, localizado no Havaí, e a agência meteorológica das Filipinas - mostram caminhos diferentes para o Hagupit.

A agência dos Estados Unidos diz que o tufão pode seguir para o norte depois de atingir o solo e passar pelo sul da capital Manila, cidade com mais de 12 milhões de habitantes. Já a agência filipina, conhecida pelo acrônimo PAGASA, projeta um caminho mais ao sul.

As duas agências afirmam também que Haguipt está lentamente perdendo força. Segundo a PAGASA, ele tem agora ventos sustentados de 195 quilômetros por hora e rajadas de 230 quilômetros por hora. O centro norte-americano diz que não se trata mais de um supertufão e que o Hagupit deve continuar a perder força e seus ventos devem ser de 175 quilômetros por hora na manhã de domingo.

"Embora haja informações que de o tufão esteja perdendo força, não significa que nossa prontidão também tenha se enfraquecido", disse Alexander Pama, que dirige a agência de respostas a desastres do país.

Depois da destruição causada pelo Haiyan, que pegou a população despreparada para lidar com a força do tufão, as autoridades de moradores parecem mais preparados desta vez para responder à crise iminente.

Dezenas de voos domésticos foram cancelados e serviços de balsa entre as ilhas foram suspensos.

Em Tacloban, cidade onde o Haiyan deixou milhares de mortos e destruiu vilas inteiras, e em províncias próximas, dezenas de milhares de moradores foram retirados de áreas de alto risco e levados para abrigos.

"Não tivemos notícia de moradores que resistiram à retirada", disse a diretora regional de respostas a desastres, Blanche Gobenciong. "O trauma ainda está vivo na mente das pessoas."

Segundo Gobenciong, o curso imprevisível do tufão torna mais difícil prever que áreas serão atingidas. "Nossa meta é não termos vítimas", disse ela. "A morte de apenas uma pessoa vai realmente nos entristecer e fazer com que avaliemos o que deu errado."

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

Brasil terá um dos maiores prédios do mundo, com 500 metros, em homenagem a Senna

O arranha-céu será residencial e erguido pela FG Empreendimentos; a sobrinha do piloto assina o projeto

Diário Mais

Famosa rodovia no litoral de SP esconde bela cachoeira em estrada secreta; conheça

Quando se sobe para SP pela Serra do Mar através da Imigrantes, é possível avistar uma linda cachoeira lá no alto

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter