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Na manhã de ontem, 27 mil empregados que trabalham na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, paralisaram as atividades, por tempo indeterminado. Em assembleia sábado (23), eles rejeitaram a proposta do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), que prevê um reajuste salarial de 11% para a maioria dos trabalhadores, de 30% na cesta básica e vale-alimentação, além de aumento de 12% na Participação nos Lucros e Resultados.
Os trabalhadores reivindicam um aumento de 15% nos salários para toda a categoria, além de cesta básica de R$ 380. Os empregados também pediram que os sábados fossem considerados dias livres, ou, no caso de trabalho, que fosse pago como hora extra, mas o pleito não foi aceito pela empresa.
O CCBM informou que, diante da não ocorrência de acordo, “está avaliando as medidas a serem tomadas”. A diretoria está reunida hoje para analisar a possibilidade de novas propostas. A data-base dos trabalhadores se encerra este mês.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo, disse que os trabalhadores esperam que a empresa faça uma nova proposta. Ele garante que a greve está sendo feita de forma pacífica, sem nenhum incidente. “Estamos tentando direcionar para que o descontentamento seja só na parte econômica ou social, mas que isso não se transforme em atos como houve no passado”, disse Roginel Gobbo à Agência Brasil.
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Os empregados também aguardam que a empresa passe ao sindicato a relação dos serviços considerados essenciais (refeitório, transporte, segurança e alojamento) para determinar a volta de parte dos funcionários ao trabalho.
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