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A torre da Petrobras no Valongo já começou a funcionar com 20 funcionários do Núcleo de Serviços há cerca de uma semana, mesmo sem ter o habite-se da Prefeitura de Santos. A denúncia é do advogado Roberto Mohamed, autor de ações trabalhistas por assédio contra a empresa envolvendo esta nova sede da estatal.
Embora a Secretaria de Infraestrutura e Edificações da Prefeitura de Santos alegasse, em nota enviada à Redação, desconhecer o funcionamento do edifício da Petrobras, a diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP) emitiu nota informando que “o edifício já começou a ser ocupado pelos trabalhadores do prédio da Avenida Conselheiro Nébias”.
O sindicato ainda alerta que “embora a construção já esteja quase finalizada, alguns colaboradores que já estão trabalhando no edifício relatam que, embora a rua do prédio seja bem iluminada, a falta de luz nas ruas em volta os preocupa devido ao risco de assaltos. O risco maior atinge os funcionários da limpeza, que deixam o local depois das 21 horas”.
A nota do Sindipetro mostrando claramente o uso do imóvel contrasta com a versão da Prefeitura. “Alguns andares estão sendo adequados para a instalação de móveis e decoração”, informou a Secretaria de Comunicação e Resultados (Secor) em nota enviada à Redação, na tarde de sexta-feira.
Segundo o advogado Roberto Mohamed, outra irregularidade da ocupação da torre é o fato de não ter sido feito o teste de carga na rede elétrica, conforme ele ouviu de funcionários da empresa. Esse teste deveria ser feito com 50% da carga da rede.
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O Sindipetro vistoriou o local no último dia 17 e constatou que a torre vai receber um novo grupo por semana na nova sede administrativa da Petrobras na Baixada Santista. “A previsão é de que até dezembro todos os funcionários que trabalham no Valongo já estejam em suas novas salas”, informa a entidade de classe, para quem a área onde está localizada a torre “ainda está longe de ser considerada segura para o trabalhador”.
Tem AVCB?
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Em razão do feriado do Dia do Servidor, na última sexta-feira, a Reportagem não conseguiu apurar com o Corpo de Bombeiros se o imóvel começou a funcionar também sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), segundo chegou ao conhecimento do advogado Roberto Mohamed.
Os trabalhadores relataram ao sindicato preocupação com o acesso ao prédio. “Também requer cautela dos motoristas, que dividem as vias com caminhões que circulam pelo porto”, informa o Sindipetro.
O Diário do Litoral procurou a Assessoria de Imprensa da Petrobras para responder as denúncias no início da noite de quinta-feira e na sexta-feira. A única resposta enviada à Redação foi de que “as perguntas já estão sendo analisadas pelas áreas correspondentes”.
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