Cotidiano
A recusa a uma das maiores distinções do país foi anunciada por meio de uma curta declaração à agência de notícias AFP e contrasta com a declaração dada ontem pelo presidente François Hollande
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O economista francês e autor do best-seller "O Capital no Século 21", Thomas Piketty, recusou a condecoração da Ordem Nacional da Legião da Honra, afirmando que o governo deve se focar em restaurar a economia anêmica em vez de "decidir quem é honrado".
A recusa de Piketty a uma das maiores distinções do país foi anunciada por meio de uma curta declaração à agência de notícias AFP e contrasta com a declaração dada ontem pelo presidente François Hollande de que a influência dos acadêmicos eram a evidência do poder do país. O porta-voz do presidente não comentou a decisão de Piketty.
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O grande chanceler da ordem francesa, o general Jean-Louis Georgelin, disse lamentar a recusa do economista à condecoração. "Ele teve sucesso em produzir algum barulho", afirmou à BFM TV.
Piketty ganhou notoriedade após ter seu livro sobre desigualdade e riqueza traduzido para o inglês e chegou ao topo da lista dos mais vendidos nos Estados Unidos, na categoria não ficção.
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O economista defende uma revisão completa do sistema tributário da França e chegou a apoiar Hollande nas eleições de 2012, no qual derrotou o ex-presidente Nicolas Sarkozy. Desde então, Piketty tem criticado abertamente o governo Hollande.
O governo propôs que Piketty recebesse a condecoração em decreto publicado na quinta-feira. O documento lista 691 pessoas, incluindo o escritor Patrick Modiano e o economista Jean Tirole, que venceram, respectivamente, os prêmios Nobel de Literatura e Economia.
Criada em 1802 por Napoleão Bonaparte, a Legião da Honra é concedida três vezes ao ano a civis, e duas vezes ao ano a militares.
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