Cotidiano

Terminais de pesca de Santos e Cananéia serão concedidos em bloco à iniciativa privada

A medida atende a deputada federal Rosana Valle (PSB), preocupada com a possibilidade de não haver interessados no Terminal de Cananéia

Da Reportagem

Publicado em 15/07/2021 às 18:17

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

'Assim garantimos recuperação do terminal de Cananéia', disse a deputada federal Rosana Valle / DIVULGAÇÃO

Continua depois da publicidade

Os terminais públicos de pesca de Santos e Cananéia serão concedidos em conjunto à iniciativa privada, com o processo de outorga incumbido de definir um concessionário para recuperar e operar os dois equipamentos, que estão em mau estado e precisam urgente de reparos. A medida atende a deputada federal Rosana Valle (PSB), preocupada com a possibilidade de não haver interessados no Terminal de Cananéia, que tem grande importância para os pescadores que atuam no Litoral Sul do Estado de São Paulo.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/MAPA), ao optar pela concessão em bloco, obrigará o vencedor do leilão a reativar os dois terminais subutilizados, que têm sido motivo constante de reclamações da comunidade pesqueira e das autoridades das duas cidades.

Continua depois da publicidade

O Ministério da Agricultura, ao qual estão subordinados os dois terminais, definiu esta concessão em bloco com apoio da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos do Ministério da Economia.

O processo de concessão abrange ao todo sete terminais pesqueiros públicos localizados em  Aracaju (SE), Belém (PA), Cananeia (SP), Manaus (AM), Natal (RN), Santos (SP) e Vitória (ES). O projeto foi qualificado no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República por meio do Decreto nº 10.442/2020.

Continua depois da publicidade

Leilões este ano

Os leilões estão previstos para o 4º trimestre deste ano e as assinaturas dos contratos para o 1º trimestre de 2022. “Tinha receio de não haver interessado no terminal de Cananéia. Por isso, o leilão em bloco garante a recuperação dos dois importantes terminais para a comunidade pesqueira paulista”, disse a deputada.

Em reunião no dia 7 deste mês, com o secretário-adjunto de Aquicultura e Pesca, Jairo Gund, a deputada cobrou sobre o andamento do projeto e, pelo seu reconhecido acompanhamento do tema, foi convidada a fazer parte do grupo interministerial responsável pela execução e assim fiscalizar de perto os andamentos dos trabalhos.

Continua depois da publicidade

Os estudos de viabilidade realizados para cada terminal consideraram situações de mercado e demanda; operacional e infraestrutura; ambiental, econômico-financeiro; de modelagem regulatória e jurídica, entre outros aspectos. Houve consulta pública, concluída em junho deste ano, para divulgar e aprimorar o processo e possibilitar ampla participação à sociedade civil.

O prazo de concessão é de 20 anos e o valor da outorga mínima para o bloco dos terminais de Santos e Cananeia foi estipulado em R$ 1.262.568,09.

Atividades

Continua depois da publicidade

No contrato de concessão para a exploração dos Terminais Pesqueiros Públicos de Santos e Cananeia estão previstas as obrigações de desembarque, lavagem, seleção e acondicionamento adequado para transporte e expedição de peixes variados e camarões, tanto da pesca artesanal quanto industrial. O concessionário deverá oferecer serviços e insumos básicos, como gelo, água, energia e combustível.

Também poderá explorar atividades acessórias como congelamento e armazenamento congelado de pescados; área para comercialização de pescados; estacionamento de veículos; aluguel de cais para estadia e manutenção, bem como fornecimento de gelo para transporte de pescados.

O concessionário poderá ainda desenvolver, mediante autorização do poder concedente, as atividades de processamento de pescados: filamento, posteamento e visceração; comercialização de víveres e petrechos para o abastecimento de embarcações; aproveitamento industrial de resíduos e rejeitos do beneficiamento do pescado; reparos e manutenções de embarcações pesqueiras; aluguel de áreas para armazenamento de equipamentos de pesca; aluguel de salas com fins comerciais, vinculados ou não à atividade pesqueira.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software