Cotidiano

Termina protesto de sem-teto na zona sul de São Paulo

Eles protestaram contra a ameaça de despejo da ocupação Jardim União, em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/03/2015 às 18:51

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Um grupo de sem-teto encerrou por volta das 16h30 um protesto iniciado às 08h30 de hoje (4)  em frente à Estação Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Eles protestaram contra a ameaça de despejo da ocupação Jardim União, em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.

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Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 400 pessoas participaram da manifestação. Por volta das 16h, eles chegaram a fechar três faixas do lado direito da Avenida Nações Unidas, na Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco.

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De acordo com um dos coordenadores do grupo, Luiz Cerqueira Leri, a manifestação seguiu de forma pacífica e o único incidente foi a prisão de um dos manifestantes pela Polícia Militar. Encaminhado ao 11º Distrito Policial, o manifestante já foi solto.

Por meio das redes sociais, a Rede de Comunidades Extremo Sul anunciou que a luta continuará até que uma solução seja encontrada para o problema.

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“Não temos solução para as famílias que constroem a vida em terreno ocupado há tanto tempo. Temos, ainda, de lidar com mais uma ameaça de reintegração de posse, com o risco de perder tudo o que foi construído e de termos mais famílias na rua com a repressão policial. Ainda haverá muita luta para impedir mais violência e para construir uma comunidade definitiva”, ressaltou Luiz Cerqueira.

Os sem-teto reclamam que aguardam, desde 2013, a promessa das autoridades estadual e municipal de apresentar uma área com capacidade e viabilidade para atender à demanda habitacional das famílias que ocupam o terreno da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

A CDHU informou que a "Secretaria de Estado da Habitação vem auxiliando o movimento, juntamente com a municipalidade, na viabilização de atendimento habitacional para o grupo. A solução encontrada foi a construção de um empreendimento, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades, com apoio de recursos financeiros da Agência Casa Paulista (governo estadual) e da Casa Paulista (município)".

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Conforme a CDHU, diversas áreas em desapropriação para atendimento às famílias foram indicadas pela rede de comunidades. O escolhido foi um terreno particular no Jardim Itajaí, "O movimento ficou de negociar a aquisição com o proprietário", acrescenta a nota da companhia.

"Cabe esclarecer que o terreno invadido pela Rede Extremo Sul já tem ordem judicial de reintegração de posse. No local, A CDHU construirá 517 unidades habitacionais para atendimento à demanda de famílias que vivem em áreas de mananciais", concluiu a CDHU.

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