Cotidiano

Tensão aumenta em Burundi após morte de general ligado ao presidente reeleito

O presidente Pierre Nkurunziza disse, em um discurso televisionado, que ordenou a polícia para encontrar os assassinos dentro de 10 dias

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/08/2015 às 15:48

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Uma troca de tiros ocorreu em Bujumbura, capital do Burundi, ontem à noite após o assassinato do tenente-general Adolphe Nshimirimana, que era aliado próximo ao presidente Pierre Nkurunziza, que foi reeleito no mês passado. O presidente disse, em um discurso televisionado, que ele ordenou a polícia para encontrar os assassinos dentro de 10 dias.

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Nshimirimana foi morto em um tiroteio na manhã de domingo. O assassinato do tenente-general, que era conselheiro sênior do presidente para questões se segurança interna, poderia provocar uma série de vinganças, o que seria um combustível a mais para a violência que resultou na tentativa controversa de Nkurunziza de entrar no terceiro mandato.

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A violência persiste em algumas partes da Bujumbura. Três policiais ficaram feridos por uma granada em Cibitoke e um civil foi ferido por uma bala em Jabe, em uma operação de desarmamento na noite de domingo em Bujumbura, disse o porta-voz da polícia, Pierre Nkurikiye. Ele não deu mais detalhes.

Nshimirimana era "um dos linha-dura mais importante ao redor do presidente" e se tornou mais influente quando Nkurunziza enfrentou protestos nas ruas por civis, que queriam que Nkurunziza se aposentasse após dois mandatos, disse Carina Tertsakian, pesquisadora de Burundi para a Human Rights Watch.

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"Apesar disso, ou talvez por causa de sua reputação brutal, Adolphe era visto como intocável, sem ninguém em uma posição de poder ousado", disse ela. A Human Rights Watch recebeu denúncias frequentes de que ele estava por trás de muitos casos de assassinatos, tortura, prisões de supostos opositores e outros abusos ao longo dos últimos anos, disse Tertsakian.

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