Chuva provoca queda de árvores e destelhamentos em Santos

Em Santos, a chuva não precisou ser intensa para causar estragos em diversos pontos da cidade. Uma das ocorrências mais impressionantes aconteceu no bairro do Gonzaga, onde o telhado do Parque Balneário Hotel se soltou.

Segundo relatos de moradores, por volta das 14 horas, as telhas foram arrancadas pelos fortes ventos e, em seguida, arremessadas ao redor do local. Algumas ficaram presas na rede elétrica na Rua Fernão Dias, outras quebraram janelas de edifícios vizinhos e uma chegou a arrancar uma placa de sinalização na Avenida Ana Costa. Ninguém ficou ferido.

A região ficou sem luz e alguns moradores de um prédio chegaram a ficar presos no elevador por aproximadamente cinco minutos. O shopping anexo ao hotel também ficou sem energia e consumidores que estavam dentro do estabelecimento saíram correndo do local. A CPFL foi acionada para retirar as telhas da fiação e restabelecer a energia.

O temporal também prejudicou a montagem do palco da festa da Virada na praia do Gonzaga. Tapumes foram parar na areia e uma tenda erguida ao lado da estrutura cedeu. Tapumes também caíram na obra de restauração da Concha Acústica, em frente ao Canal 3.

No Caminho São José, na Zona Noroeste, um barraco foi destelhado, mas ninguém se feriu. Na região também foram registradas quedas de árvores na Avenida Afonso Schimidt e no cruzamento das avenidas Jovino de Melo e Engenheiro Elias Machado.

Árvores também caíram na subida do morro da Nova Cintra, perto do Hospital Veterinário. No bairro da Aparecida, uma árvore caiu em frente à saída de um estacionamento de um estabelecimento comercial na Avenida Bartolomeu de Gusmão. No mesmo bairro, uma estrutura de metal de uma cobertura se soltou e caiu no estacionamento da paróquia Nossa Senhora Aparecida. Outras quedas de árvore foram registradas nos bairros do José Menino, Marapé e Pompeia.

Segundo a Prefeitura, em 14 cruzamentos da Cidade a sinalização semafórica apresentou falha. Nesses pontos, o trânsito foi controlado por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A Marinha emitiu um alerta avisando que as fortes rajadas de vento devem continuar, podendo chegar a até 74 km/h, bem como a previsão de tempestade severa, confirmada pela Defesa Civil.

 

Chuva arranca árvores e interrompe energia em São Vicente

Daniela Origuela

A chuva, que teve início por volta das 13 horas em São Vicente, também causou muitos estragos. Ruas ficaram alagadas, árvores e placas foram arrancadas e casas foram destelhadas. Também houve registro da falta de energia elétrica em muitos pontos da Cidade.

No Sá Catarina de Moraes, duas árvores caíram sob a fiação elétrica e o canal da Rua Lourival Moreira do Amaral. Na comunidade, pelo menos três casas tiveram seus telhados danificados pela ventania. Ninguém ficou ferido.

No Jardim Rio Branco, na Área Continental, ruas ficaram totalmente alagadas em poucos minutos de chuva. Outras vias nos bairros Catiapoã, Jóquei Clube, Vila Fátima, Cidade Náutica, Parque Bitaru, Parque São Vicente e Vila Margarida também ficaram completamente alagadas.

Nas redes sociais da internet, moradores postavam fotos do lixo acumulado na enchente ocorrida no início da semana passada. Segundo as postagens, a Prefeitura teria sido acionada para retirar os móveis perdidos das ruas, mas o pedido não foi atendido. No Jóquei Clube, além do lixo, a população reclamava do mato que toma parte de algumas vias.

Por meio de nota, a Prefeitura de São Vicente informou que o temporal e os fortes ventos causaram queda de mais de 30 árvores em vários pontos da Cidade, como Avenida Antonio Emmerich, Praça da Biquinha, Linha Amarela, Vila Margarida, Centro, Parque Bitaru, Jóquei Clube e Jardim Guassu.

Também houve queda de postes e árvores, provocando corte de energia elétrica e suspensão do funcionamento de semáforos no Centro.

Equipes da Defesa Civil do Município foram deslocadas para verificar as ocorrências e as providências necessárias. 

CPFL

A CPFL Piratininga enviou nota no início da noite de ontem esclarecendo sobre a queda de energia na região que perdurou por cerca de seis horas em alguns locais. “O temporal que atingiu a Baixada Santista, na tarde de hoje (29/12), afetou o fornecimento de energia elétrica para os clientes nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande, atendidas pela distribuidora na região. A chuva, acompanhada de descargas atmosféricas e rajadas de vento, provocou grandes danos na rede elétrica da CPFL Piratininga. A distribuidora criou uma força-tarefa que trabalha sem interrupções desde o início das ocorrências. Por volta das 17h30, havia o registro de 44 mil clientes com o fornecimento de energia elétrica interrompido na Baixada Santista, sendo os municípios de Santos e São Vicente os mais atingidos neste momento”.

A companhia informou também que “os principais problemas que levam à falta de energia nestas condições climáticas adversas são danos causados por quedas de galhos ou árvore na rede elétrica e por ventos fortes que lançam objetos contra os cabos. A CPFL Piratininga reitera o seu compromisso com os clientes e afirma que trabalha com todo o seu contingente para que o serviço volte ao normal o mais breve possível, para os clientes afetados”.

Sabesp

A Sabesp informou que a queda de energia elétrica registrada ontem em cidades da Região, atingiu áreas onde se encontram os sistemas de captação e tratamento de água que atende aos municípios de Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Área Continental de São Vicente.

A Sabesp esclareceu também que “ainda pode ser sentida uma redução momentânea na pressão da água em alguns pontos da distribuição destas cidades, o que voltará ao normal até esta terça-feira (30). Por isso, a Companhia de Saneamento orienta aos moradores e turistas que economizem a água armazenada nas caixas d’água das residências”.

“A Sabesp está à disposição para atendimento a emergências por meio de sua Central de Atendimento – 0800 055 0195 – que funciona 24 horas. A ligação é gratuita”, finalizou a empresa em nota.