Apesar de já estar aposentado, Otaviano prefere continuar trabalhando como taxista / Nayara Martins/Diário do Litoral
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Ganhar um dinheiro extra e trabalhar como taxista no mesmo ponto de táxi, há 50 anos, no centro de Itanhaém. Essa é a trajetória de Otaviano Rodrigues de Sousa, de 79 anos, que, apesar de ser aposentado, continua trabalhando no ponto de táxi, na Praça Narciso de Andrade, no centro do município.
Um dos mais antigos motoristas de táxi na Cidade, Otaviano é bastante conhecido por moradores e clientes.
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Otaviano relembra e conta sua história quando começou a trabalhar como motorista de táxi em 1974.
“Comecei no ano de 1974, a trabalhar como motorista na empresa Breda Turismo e também fazia corridas como taxista. Antigamente era muito difícil porque não tinha calçamento nas ruas e nem nas áreas de sítio na Cidade”, explica.
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Ele atuou na Breda por 15 anos, onde fazia as linhas para as cidades de Santos e São Paulo. Mas decidiu pedir as contas na empresa e continuar somente como taxista, na Praça Narciso de Andrade, no centro.
“Ao sair da Breda, um dos funcionários falou para não dar baixa na minha carteira de trabalho, porque achava que iria voltar a trabalhar como motorista na empresa”, conta.
Apesar de já estar aposentado, Otaviano prefere continuar trabalhando como taxista e atender os clientes.
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Com diversos clientes antigos e conhecidos, o motorista de táxi procura atender a todos. Ele fica no ponto de táxi durante o dia todo, na Praça Narciso de Andrade, no centro.
“Tenho muitos clientes que já me conhecem há vários anos. Eles agendam as viagens, pois querem viajar comigo, por ter confiança no meu trabalho”, completa.
Ele brinca “já estou fazendo hora extra como taxista e sou um dos mais antigos na Cidade”.
Além de atender as corridas na Cidade, Otaviano também faz viagens para outros municípios, como Santos, São Paulo, Registro, Curitiba, Aparecida do Norte e outros locais.
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Diversas histórias já marcaram a vida do taxista Otaviano de Sousa.
Ele lembra que, em uma ocasião, foi atender a uma mulher grávida que já estava com as dores do parto.
“Essa cliente por pouco não teve o bebê dentro do carro. Ela morava no Jardim Coronel, onde a estrada tinha muitos buracos. Mas acabamos chegando a tempo na Maternidade”, salienta.
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Otaviano lembra ainda que já passou por situações difíceis, como assaltos e roubo do carro.
“Uma delas foi uma corrida para Peruíbe, onde roubaram meu carro e ainda levei uns tiros. Mas a polícia rodoviária conseguiu localizar o veículo”.
Outra vez aconteceu há cerca de quatro anos, durante a pandemia. Ele fez uma corrida ao bairro Guapiranga, em Itanhaém. Os assaltantes roubaram o carro, mas se envolveram em uma batida em outro bairro.
“Ao chegar lá, constatei que havia sido perda total do veículo. Levei mais de um ano para conseguir comprar um novo carro”, completa.
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Na época, segundo ele, alguns amigos o aconselharam a desistir e parar de trabalhar como taxista. “Como não sou de desistir, resolvi continuar no ponto de táxi”.
Otaviano garante que pretende continuar atuando como taxista. “Mas vou diminuir um pouco o ritmo e trabalhar menos”, frisa.
Sobre as mudanças no serviço de transporte com os carros por aplicativo, nos últimos anos, o taxista afirma que isso não prejudica o seu trabalho.
“Acredito que tem espaço para todos trabalharem, vou continuar a atender os meus antigos clientes e conhecidos na Cidade”, conclui.
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