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Os permissionários de táxi de Santos podem ganhar mais uma ferramenta para maior segurança durante o trabalho. O sindicato da categoria estuda a instalação de câmeras de monitoramento dentro dos veículos que identificariam os passageiros presentes nos 550 carros que rodam na cidade.
Segundo o presidente do Sindicato, Luiz Antonio Sares Guerra, o projeto está em fase de estudos preliminares e será discutido oficialmente com a Prefeitura. Ele conta que a ferramenta já funciona em alguns táxis em São Paulo. “O taxista fica muito vulnerável porque você não pode identificar os passageiros. Obviamente, as pessoas iriam se sentir ofendidas. Em São Paulo estão fazendo monitoramento. Eles colocam uma câmera dentro do carro que identifica todos os passageiros, e uma Central que armazena as imagens. Estamos fazendo uma consulta à Prefeitura e vendo a possibilidade de trazer isso para Santos e mostrar aos motoristas”.
Guerra explica que somente a câmera não evitará o assalto, mas poderá ajudar no combate e na diminuição de casos. “O cara não vai deixar de ser assaltado, mas com certeza, você poderá identificar as pessoas que estavam no seu carro e a própria câmera intimida”
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O sindicalista espera que os motoristas recebam bem a ideia. “O profissional tem que estar aberto, antes de criticar, a conhecer o equipamento.
Já recebemos algumas críticas como “isso não serve para nada”, mas o que serve? Morrer? O que não pode é depender apenas da Polícia Militar para fazer blitze. Vamos ter que andar com um policial dentro do carro? Não tem condição”.
A estimativa é que cada equipamento custe R$ 300, com manutenção de R$ 60. O custo seria bancado pelos próprios permissionários.
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Taxistas estão descrentes
Os permissionários, inicialmente, não enxergam as câmeras com esperança de diminuição dos crimes. “Isso não é a solução. Acho uma grande bobagem. Até porque câmeras são destruídas”.
O taxista foi vítima de assalto há cinco anos. “Eu trabalhava à noite na época. Entraram três pessoas bem vestidas e queriam ir até o Centro. No caminho me apontaram uma arma, levaram R$ 160 e me abandonaram em São Paulo”, conta Lopes, que ficou em poder dos bandidos por cerca de 5 horas.
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Para Afonso, a questão da segurança para os permissionários é péssima. “Somos abandonados. Não podemos contar com ninguém, só entre nós. A questão do policiamento também está amarrada. O menor se aproveita da situação. Eles conhecem as leis”.
O permissionário Edson Barreto diz que os taxistas estão vulneráveis. “Eu sou do tempo que você andava com a arma. A polícia parava, revistava o carro, você falava que estava armado. Estamos vulneráveis. É mais fácil matar um taxista do que um cachorro. O cachorro todo mundo vê, o taxista não”.
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