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O Projeto TAMTAM, que completou 25 anos este mês, recebe hoje, às 19 horas, na Câmara de Santos — Praça Tenente Mauro Batista Miranda, na Vila Nova — a Medalha de Honra ao Mérito Braz Cubas. O autor da proposta foi o vereador Carlos Teixeira Filho, o Kaká Teixeira (PSDB). Na sexta-feira (19), a homenagem à entidade fica por conta do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, também às 19 horas, no auditório da Faculdade de Educação Física de Santos, da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), na Avenida Conselheiro Nébias, 536. Bairro, na Encruzilhada.
Vale lembrar que o Projeto TAMTAM também está na iminência de se tornar utilidade pública estadual. A iniciativa é da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, após indicação da deputada Telma de Souza (PT), corroborada pela deputada federal Maria Lúcia Prandi, também do Partido dos Trabalhadores. O projeto ainda não foi à ordem do dia da Casa.
No último dia 27, o Diário do Litoral publicou caderno especial sobre a entidade, dentro do Projeto DL Solidário. O TAMTAM é uma referência e se tornou de fundamental importância à saúde pública e à inclusão de pacientes à sociedade. Até hoje continua sendo o maior exemplo no acolhimento e tratamento de pessoas com múltiplas deficiências.
Liderada pelos arte-educadores Renato Di Renzo e Cláudia Alonso — homenageados junto com o projeto — o TAMTAM, que já atendeu milhares de pessoas, luta com dificuldades para manter a assistência dos atuais 180 alunos, de sete a 75 anos que, aos poucos e diariamente, ultrapassam obstáculos, conquistam espaços, vencendo o preconceito e a discriminação.
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Pautada pela diversidade, pluralidade e principalmente a inclusão, a Associação TAMTAM, embora seja reconhecida como de utilidade pública municipal, não tem convênio, subvenção ou qualquer apoio financeiro, mesmo já tendo conquistado diversos prêmios dentro e fora da Cidade.
No Café Teatro Rolidei, enquanto as mães trocam experiências e ajudam na manutenção do espaço, os filhos — sem pagar absolutamente nada — participam de oficinas, apresentações musicais e teatrais, saraus de poesia, palestras, workshops, conferências, lançamentos de livros e outras atividades, que proporcionam qualidade de vida, saúde mental coletiva enfim, como dizem Di Renzo e Cláudia “celebram a vida”.
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Como não há verba oficial, a Associação TAMTAM conta com um grupo de seis voluntários (só dois recebem um pequeno cachê) que não só atende os alunos, mas também quase dois mil beneficiários indiretos, entre familiares, amigos, vizinhos, colegas de escola e faculdades. Eles se superam como artistas, educadores e, porque não, como auxiliares de limpeza e administradores do espaço.
Ano passado, o TAMTAM firmou parceria com o Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo e, por intermédio de um termo de cooperação técnica, pode profissionalizar pessoas portadoras de deficiência, que recebem registro de ator, atriz, contrarregra, iluminador e outras funções da profissão de artista e técnico.