Cotidiano

Suspeitos de ataques na França diziam agir para grupos terroristas distintos

As informações foram divulgadas pelo canal de televisão francês BFM TV, que afirma ter conseguido entrevistar Chérif Kouachi e Amedy Coulibaly, por telefone

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/01/2015 às 22:24

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Dois dos três atiradores mortos pela polícia francesa nesta sexta-feira afirmaram trabalhar para diferentes grupos extremistas islâmicos. As informações foram divulgadas pelo canal de televisão francês BFM TV, que afirma ter conseguido entrevistar Chérif Kouachi e Amedy Coulibaly, por telefone, momentos antes de suas mortes.

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Kouachi é um dos suspeitos de participar do atentado à revista Charlie Hebdo, na quarta-feira. Já Coulibaly é suspeito de envolvimento na morte de uma policial na quinta-feira. Hoje, ele foi morto quando a polícia invadiu um supermercado em Paris, onde ele fazia reféns.

As entrevistas foram exibidas depois da morte dos suspeitos. A BFM afirma ter conseguido telefonar à gráfica onde os irmãos Kouachi estavam escondidos. Chérif atendeu o telefone, e na conversa que teve com o repórter, afirmou estar agindo em nome da Al-Qaeda na Península Arábica. O suspeito afirma ter sido treinado no Iêmen e recebido ajuda financeira para conduzir os ataques na França.

Dois dos três atiradores mortos pela polícia afirmaram trabalhar para diferentes grupos (Foto: Divulgação)

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No caso de Coulibaly, o canal afirma que o suspeito foi quem ligou à sede da emissora. Ele já estava no supermercado, e queria falar com a polícia. Em conversa com os repórteres, Coulibaly afirmou trabalhar para o grupo extremista Estado Islâmico. Ele também afirmou ter 'sincronizado' o assassinato da policial, na quinta-feira, com a ação dos irmãos Kouachi.

Autoridades francesas acreditam que podem haver ligações entre Kouachi e Coulibaly porque ambos estavam sendo investigados. Eles eram suspeitos de tramar a fuga de um terrorista convicto da prisão.

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve havia afirmado na quinta que os irmãos eram vigiados nos últimos anos, mas que não haviam levantados suspeitas. "Não havia nenhum elemento que tenha nos chamado atenção", disse.

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