Cotidiano

Suspeito de tiroteio nos EUA teria se queixado de "dominação negra"

Meek afirmou que se encontrou com Roof há algumas semanas e lembrou que o rapaz, embriagado de vodca, teria dito que "alguém precisava fazer algo em relação a isso pela raça branca"

Agência Brasil

Publicado em 19/06/2015 às 15:40

Atualizado em 30/11/2021 às 13:02

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Suspeito de ter sido responsável pelo tiroteio que matou nove pessoas negras em uma igreja nos Estados Unidos, o jovem Dylan Roof, de 21 anos, teria se queixado, antes do crime, de que "os negros estavam tomando conta do mundo", segundo contou hoje um amigo seu, chamado Joey Meek.

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Meek afirmou que se encontrou com Roof há algumas semanas e lembrou que o rapaz, embriagado de vodca, teria dito que "alguém precisava fazer algo em relação a isso pela raça branca". O tiroteio ocorreu na noite de quarta-feira, na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, no estado da Carolina do Sul. O jovem foi detido ontem, na Carolina do Norte, enquanto dirigia um carro na estrada de Shelby.

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A polícia de Charleston ainda está à procura do criminoso, que, segundo testemunhas, seria branco e teria cerca de 20 anos de idade, de acordo com o chefe da polícia da cidade, Gregory Mullen. "Creio que se trata de um crime de ódio", afirmou Mullen.

As declarações de Meek foram dadas aos investigadores do caso. Ele entrou em contato com o FBI após reconhecer Roof na televisão, usando o mesmo casaco que vestia quando foi à casa de Meek na manhã do dia do ataque, para jogar videogame. "Eu sabia que tinha sido ele", disse.

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Ainda segundo Meek, Roof disse que tinha comprado uma pistola calibre 45, da marca Glock, e que "tinha um plano". Meek disse que o assustou o suficiente para que ele pegou a arma para fora do carro de Telhado e escondeu em sua casa até no dia seguinte.

Ainda não está claro se o suspeito tem qualquer ligação com alguma das 16 organizações de "supremacia branca" que operam na Carolina do Sul. Em sua página no Facebook, Roof tem fotos com a bandeira dos Estados Confederados da América (unidade política criada no século XIX com seis Estado escravistas do sul dos EUA) na placa de seu carro e usando jaquetas com símbolos referentes ao período do Apartheid na África do Sul e na antiga Rodésia.

As vítimas incluem um senador estadual, o democrata Clementa Pinckney, de 41 anos, que também era ministro da Igreja. Os outros eram Cynthia Hurd, 54, Tywanza Sanders, 26, Myra Thompson 59, Ethel Lance, 70, Susie Jackson, 87, e os pastores DePayne Middleton, 49, Sharonda Singleton, 45, e Daniel Simmons, 74. 

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