Cotidiano

SUS deve incluir vacina contra bronquiolite no calendário de gestantes

Cabe ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, planejar a forma e o calendário de vacinação

Luana Fernandes

Publicado em 20/02/2025 às 20:35

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Vacinação durante a gestação faz com que a mãe produza anticorpos que são transmitidos ao feto / Pexels

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As gestantes têm mais uma vacina para incluir no pré-natal. O Sistema Único de Saúde (SUS) vai adicionar ao calendário a aplicação do imunizante Abrysvo, capaz de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). 

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Este vírus é o maior causador da bronquiolite, inflamação dos bronquíolos, que são finas ramificações que levam o oxigênio até os alvéolos dos pulmões. A doença se manifesta de forma grave principalmente em crianças de até dois anos, e também em idosos, causando dificuldade respiratória e podendo levar à morte.

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A inclusão da vacina foi aprovada na última quinta-feira (13) pela Comissão de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS. Agora, cabe ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, planejar a forma e o calendário de vacinação. 

De acordo com dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, neste ano, foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave e oito mortes. A transmissão do vírus é maior no inverno, quando há grande aumento de casos e óbitos, a maioria em bebês.

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Os testes feitos pela fabricante Pfizer com cerca de 7 mil gestantes demonstraram 82,4% de eficácia da vacina na prevenção de casos graves em bebês de até três meses, e de 70% até os seis meses de idade. A vacinação durante a gestação faz com que a mãe produza anticorpos que são transmitidos ao feto, propiciando que ele já nasça com a proteção.

A Abrysvo foi aprovada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado, e já está sendo oferecida pela rede particular de saúde. A indicação da Pfizer é de uma dose por gestação, administrada entre as 24 e as 36 semanas de gravidez. A vacina também pode ser tomada por idosos, mas este público não foi contemplado na decisão da comissão. 

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, acredita que a nova vacina trará muitos impactos positivos à saúde infantil. 

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“Vai diminuir a necessidade de consultas em emergência, de internação, de UTI, de intubação e também o número de mortes. Há também o impacto de longo prazo. Após a primeira infecção pelo VSR, a criança pode ter chiados por algum tempo na sua vida, desencadeado por diversos fatores, principalmente infecção viral. Algumas crianças se tornam asmáticas e outras têm vários episódios de broncoespasmo, desencadeados pelas alterações que o VSR causa na árvore brônquica.” 

A Conitec também aprovou a incorporação de outra tecnologia, voltada para os bebês prematuros, o anticorpo monoclonal nirsevimabe. Diferente das vacinas, o medicamento não estimula a produção natural de anticorpos, mas se constituí em defensor já pronto para evitar a disseminação de um agente infeccioso específico. Por isso, é aplicados apenas em pessoas com sistema imunológico vulnerável, como os bebês prematuros.

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