Cotidiano

Surto de ebola pode afetar economia de países africanos

Até agora porém, analistas afirmam que o problema não ameaça o continente como um todo ou a economia global

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/08/2014 às 11:57

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O surto de ebola, que já matou quase 1.000 pessoas, começa a prejudicar empresas e a economia em três países africanos que estão no centro da crise: Guiné, Serra Leoa e Libéria. Até agora porém, analistas afirmam que o problema não ameaça o continente como um todo ou a economia global.

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A Caterpillar retirou diversos funcionários da Libéria, enquanto a Canadian Overseas Petroleum suspendeu um projeto de perfuração na região. A British Airways, por sua vez, cancelou voos para a região e ExxonMobil e Chevron aguardam para descobrir se as autoridades conseguirão conter a epidemia.

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Por enquanto, os danos econômicos ainda não afetaram a maior economia da África Ocidental - a Nigéria, apesar de a doença já ter chegado no país. "Precisamos garantir que a doença seja controlada e contida o quanto antes", afirmou Olusegun Aganga, ministro de Comércio Exterior da Nigéria, que confirmou nove casos de ebola. "Quando isso ocorrer, não acredito que a epidemia terá um impacto duradouro na economia."

Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de ebola como uma emergência sanitária internacional e decretou medidas para tentar frear a proliferação da doença.

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"Quando se tem um surto amplo de ebola, pode-se criar pânico. As pessoas não vão trabalhar e a atividade econômica vai desacelerar", afirmou John Campbell, analista do Conselho de Relações Exteriores.

O Banco Mundial estima que a epidemia vai encolher o crescimento econômico na Guiné, onde a crise emergiu em março, de 4,5% para 3,5% este ano.

Ama Egyaba Baidu-Forson, economista do IHS Global Insight com foco na África subsaariana, cortou suas projeções de crescimento para a Libéria e a Serra Leoa. Ela alertou que os preços podem subir na medida em que comida e outros produtos se tornam escassos e que os já frágeis governos da região podem aumentar seus déficits na luta contra a doença, podendo pedir resgate financeiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

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