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Um suposto abuso de autoridade por parte de uma integrante da força-tarefa formada pela Prefeitura e Polícia Civil na fiscalização dos quiosques da orla será alvo de investigação na própria Administração Municipal e também na Câmara. A denúncia foi apresentada pelo vereador Kenny Mendes (DEM) na sessão de ontem do Legislativo.
Kenny relatou, em requerimento, ter sido procurado por uma comissão de quiosqueiros indignados com o tratamento dispensado a dois colegas de trabalho na operação realizada nos quiosques da orla no último dia 21. “Foram unânimes em dizer que a ação foi truculenta e que claramente estavam lá não apenas para fiscalizar, mas também para se exibirem na frente de colegas de outros setores”.
O requerimento do vereador do DEM não foi votado porque o vereador Sérgio Santana (PTB) pediu adiamento. Ele tomou essa medida porque tinha ouvido a queixa dos quiosqueiros e já promoveu, esta semana, uma reunião do grupo com o ouvidor municipal, Flávio Jordão.
O suposto abuso de autoridade deve ser apurado por uma comissão de sindicância ou pela ouvidoria, na Prefeitura, e, na Câmara, pela Comissão Permanente de Fiscalização.
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Com a presença de quiosqueiros nas galerias da Câmara, muitos vereadores passaram a apoiar a investigação sobre a forma como uma integrante da força-tarefa agiu no dia 21. “Falta bom senso. Não há uma padronização de procedimento”, observou Benedito Furtado (PSB).
O líder do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) no Legislativo, Sadao Nakai (PSDB), chegou a pedir desculpas ao grupo em nome do governo, atitude seguida por Ademir Pestana (PSDB). “Peço desculpas por uma ação que pode ter sido arbitrária e configurado abuso de poder”, afirmou Sadao, lembrando que a força-tarefa foi criada pela Prefeitura e pela Polícia Civil após o latrocínio (roubo seguido de morte) de um jovem nos arredores da Universidade Santa Cecília (Unisanta), no Boqueirão. A vítima estava em um bar.
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Sadao entende que o episódio do último dia 21 deve ser alvo de investigação em uma comissão de inquérito da Prefeitura. “Deve-se dar tranquilidade para o permissionário (responsável pelo quiosque) trabalhar”.
Farmácia 24h
A Câmara aprovou ontem, em segunda discussão, um projeto do vereador Murilo Barletta (PR) criando o Programa Farmácia 24 horas. A matéria segue para sanção do Executivo.
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A iniciativa determina que prontos-socorros, unidades de pronto-atendimento e hospitais da rede pública disponibilizem o atendimento ininterrupto de farmácias municipais.
Barletta justificou a apresentação do projeto de lei destacando que boa parte dos que procuram atendimento público de saúde não terem condições de comprar medicamentos prescritos pelos médicos.
“Quem é atendido à noite ou nos fins de semana tem de esperar o próximo dia útil para ter acesso aos remédios prescritos”, comentou o vereador, frisando que, em alguns casos, a demora no início do tratamento pode agravar o estado de saúde do paciente.
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