Cotidiano

Soldados e ativistas na Ucrânia pedem suspensão de cessar-fogo

Depois de o cessar-fogo de uma semana ter expirado na sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko decidiu prorrogá-lo até amanhã

Publicado em 29/06/2014 às 13:12

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Várias centenas de soldados e ativistas se reuniram neste domingo diante da sede do governo ucraniano, em Kiev, para pedir o fim do cessar-fogo vigente no leste do país, numa indicação de que continuam as tensões na região.

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Depois de o cessar-fogo de uma semana ter expirado na sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko decidiu prorrogá-lo até amanhã numa tentativa de conter os combates entre soldados do governo e separatistas pró-Rússia que já deixaram centenas de mortos.

A União Europeia, por sua vez, também estabeleceu para esta segunda-feira um prazo para que Moscou e separatistas tomem uma série de medidas, incluindo a libertação de reféns, a desocupação de postos de fronteira, um acordo para verificar o cumprimento do fim das hostilidades e o início de "negociações substanciais". A UE alertou que está disposta a adotar novas sanções à Rússia se as exigências não forem atendidas.

Soldados do batalhão da região de Donbass pediram autorização hoje a Poroshenko para retomarem as batalhas. Uma autoridade do escritório presidencial prometeu repassar o pedido a Poroshenko, mas alertou que o cessar-fogo continuará em vigor até as 16h (de Brasília) de amanhã.

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 Uma autoridade do escritório presidencial prometeu repassar o pedido a Poroshenko (Foto: Sergei Grits)

Tanto os soldados ucranianos quanto os militantes pró-Moscou foram acusados de terem violando o cessar-fogo.

Ontem, os separatistas libertaram um segundo grupo de quatro observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, pelas iniciais em inglês) que vinham sendo mantidos como reféns no leste da Ucrânia desde o fim de maio. Um primeiro grupo, também de quatro observadores, foi solto na semana passada.

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Na sexta-feira, a Ucrânia assinou um pacto de livre comércio com a UE, o mesmo tipo de acordo que o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych abandonou sob pressão de Moscou, em novembro do ano passado, num gesto que serviu de gatilho para uma série de manifestações que eventualmente o afastou do poder. Em resposta, a Rússia anexou a região da Crimeia em março. Cerca de um mês depois, estourou a insurgência pró-Rússia no leste ucraniano.

A UE e os Estados Unidos impuseram sanções a empresas e congelou os ativos de autoridades do círculo íntimo do presidente russo, Vladimir Putin, e ameaçam punir setores inteiros da economia da Rússia se o Kremlin não conseguir reverter a crise na Ucrânia.

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