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O número de policiais feridos nos confrontos na noite dessa sexta-feira (9) em Belfast, capital da Irlanda do Norte, subiu para 56. Cinco foram levados ao hospital e um deles permanece internado, sem ferimentos graves. A informação foi divulgada neste sábado (10) pelo Serviço de Polícia da Irlanda do Norte (PSNI).
A violência explodiu depois de centenas de protestantes bloquearem uma marcha de católicos nacionalistas, que se manifestavam contra a lei que permite a prisão sem um processo legal, norma que vigora na província norte-irlandesa desde 1971. A polícia interveio e foi atacada com tijolos, pedaços de metais, paus e pedras. Para dispersar os manifestantes, os agentes de segurança utilizaram canhões de água e armas antimotim. Duas pessoas ficaram feridas e vários carros foram queimados.
O chefe do PSNI, Matt Baggot, assegurou hoje (10) que o nível de violência presenciado nas ruas foi um exemplo de “anarquia inconsciente e puro vandalismo”. Ainda segundo ele, as prisões ficarão cheias quando os responsáveis forem identificados.
A ministra britânica para a Irlanda do Norte, Theresa Villiers, considerou “vergonhosa” a atuação dos manifestantes que atacaram as forças de segurança e disse que a província deu “um passo atrás”, depois da boa imagem dada com a organização da reunião de cúpula do G8, em junho.
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Na quinta-feira (8), oito policiais já haviam ficado feridos e oito pessoas foram presas durante as manifestações contra essa mesma lei. Em julho, várias noites de violência agitaram as ruas de Belfast, sempre derivadas de tensões religiosas entre protestantes e católicos. Tradicionalmente, as marchas protestantes são organizadas entre abril e agosto na Irlanda do Norte.
A Irlanda do Norte, que é uma província do Reino Unido, vive há mais de 30 anos com a violência sectária entre católicos e protestantes, que já provocou 3.500 mortes. Os acordos de paz assinados em 1998 conduziram a uma divisão de poder entre católicos e protestantes, mas a violência acontece ainda em determinadas ocasiões.
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